A Polícia Civil já identificou sete suspeitos de terem invadido um motel na Barra Funda, zona oeste da capital, e agredido o atacante Luan, do Corinthians. O fato ocorreu na madrugada desta terça-feira (4).
De acordo com o delegado Daniel José Orsomarzo, as identificações foram realizadas por meio de fotos e vídeos publicados nas redes sociais.
Uma das imagens foi tirada dentro de uma lanchonete no centro de São Paulo. Na foto, é possível visualizar sete pessoas com os rostos descobertos. O autor da publicação escreveu: alvo encontrado com sucesso.
Leia mais:
Antes presa fácil, rival gerou pipoca em Neymar com ajuda de 'brasileiros'
Seleção terá Vini Jr no lugar de Rodrygo em jogo contra Venezuela
Corinthians nas cabeças e Z4 diferente agitam tabela das últimas 10 rodadas
Felipe Anderson terá chance rara no Palmeiras após vaias e bronca de Abel
A suspeita é que alguns dos suspeitos façam parte da diretoria de uma das organizadas do clube alvinegro.
Até por volta das 15 horas, o atleta não havia comparecido em uma delegacia para registrar boletim de ocorrência. Pela lei, Luan tem o prazo de seis meses para fazer representação contra seus agressores.
Investigadores já foram até o motel e solicitaram imagens que também possam contribuir com a investigação.
Até o final da manhã, a assessoria do Corinthians afirmava não ter conseguido entrar em contato com Luan ou com seu empresário, Paulo Pitombeira. A diretoria divulgou nota lamentando o episódio.
Contratado em 2019 pelo Corinthians por quase R$ 29 milhões, o jogador virou centro de polêmica por causa do alto salário (cerca de R$ 800 mil mensais) e do baixo desempenho. Ele não tem sido utilizado desde o ano passado e chegou a ser emprestado para o Santos, que ficou encarregado de arcar com apenas R$ 100 mil dos vencimentos do atleta, enquanto o clube de Parque São Jorge ficava com o restante.
Em entrevista recente ao podcast do ex-jogador Denílson, Luan disse que estava pronto para jogar e que havia pedido oportunidades para Vítor Pereira (treinador em 2022) e Vanderlei Luxemburgo (o atual), sem ser atendido.
Há meses, Duilio Monteiro Alves tenta achar uma solução para a situação de Luan, mas, afirma ele, o Corinthians não tem dinheiro para pagar a rescisão que o grupo de torcedores tentou nesta madrugada conseguir na base da violência.