Gabriel Pirani foi uma das novidades das categorias de base do Santos para a temporada de 2021. Aos 19 anos de idade, teve a responsabilidade de assumir a criatividade de um time em remodelação e acabou contestado por causa da instabilidade natural em início de carreira.
Sob o comando do técnico Fábio Carille, perdeu espaço, ficou afastado por causa de uma lesão, mas volta a ter um importante papel na reta final do Campeonato Brasileiro, competição pela qual o Santos enfrenta o Atlético-GO às 17h deste sábado (13), fora de casa.
Leia mais:
Corinthians amassa Vasco em 23 minutos, engata a 6ª e cola na Libertadores
Série B termina com acessos de Santos, Mirassol, Sport e Ceará
Leila Pereira é eleita para segundo mandato à frente do Palmeiras
John Textor provoca e diz que Botafogo gosta de jogar no Allianz Parque
O trabalho dele na criação de jogadas ficou evidente durante a vitória sobre o Red Bull Bragantino por 2 a 0 na última quarta (10), na Vila Belmiro. Apoiado pelos alas Marcos Guilherme e Lucas Braga, Pirani teve a função de levar o time santista ao ataque e conseguiu criar jogadas de perigo, especialmente no primeiro tempo, quando o o Santos foi mais incisivo no setor ofensivo.
Pirani participou da construção do primeiro gol do Santos, que começou em toques de bola curtos na lateral esquerda. Bem posicionado, o meio-campista recebeu livre já no campo ofensivo e carregou a bola até sofrer falta na entrada da área. Como a bola sobrou para Tardelli, o centroavante arriscou um chute que deu o rebote para Marinho abrir o placar.
Pirani foi um dos jogadores mais ativos no desenrolar das jogadas. Acertou 27 passes e errou quatro e mandou duas finalizações para fora. No entanto, mostrou pouca combatividade com apenas um desarme incompleto. Deixou o campo aos 21 minutos do segundo tempo, sendo substituído por Vinícius Balieiro. Segundo Carille, já faltava intensidade para o Santos manter o ritmo de marcação no meio-campo.
O treinador ainda lembrou que Pirani vem de um período afastado por causa de uma torção no tornozelo, mas fez questão de elogiá-lo. "O Pirani é um menino com quem a gente tem que ter um cuidado grande. Já era para ter participado mais, ou entrando ou iniciando. Teve um problema no pé, estava com dificuldade para treinar. É um jogador leve por dentro, tem o 1 para 1, objetividade, joga para frente. Mas não está nas melhores condições."
Pirani atuou em todas as partidas do Brasileiro sob o comando de Fernando Diniz, sendo titular em 16 jogos e reserva em outros três. Seus melhores momentos aconteceram nos jogos derradeiros do antigo treinador. Na chegada de Carille, foi mantido entre os 11 iniciais no empate com o Bahia e na derrota para o Athletico-PR pela Copa do Brasil.
Depois disso, emendou uma sequência ruim. Não foi utilizado contra o Ceará e seguiu na reserva em outras quatro partidas, totalizando 65 minutos em campo. A essa altura, a preferência de Carille era por um meio-campo mais combativo, formado por Camacho, Zanocelo e Carlos Sánchez. Jean Mota e Vinícius Balieiro foram outros atletas utilizados no setor.
Uma lesão no tornozelo afastou o meio-campista nos duelos contra Sport, América-MG, Fluminense e Athletico-PR, até que finalmente foi liberado pelo departamento médico para enfrentar o Palmeiras. Atuou por 20 minutos e finalmente foi titular contra o Red Bull Bragantino. Com a suspensão de Madson, Marcos Guilherme foi deslocado para a ala direita e abriu espaço para o retorno de Pirani.
No Brasileiro, Pirani é o terceiro principal artilheiro do Santos, com três gols, atrás de Marinho e Marcos Guilherme. Deixou sua marca na vitória sobre o São Paulo, no empate contra o Internacional e na derrota para o Cuiabá. Também fez dez jogos na Libertadores, oito no Campeonato Paulista, seis na Copa do Brasil e quatro na Copa Sul-Americana. Fez cinco gols, deu duas assistências e foi advertido apenas uma vez com cartão amarelo em 54 partidas.
A continuidade de Pirani como titular, contudo, está em xeque. Destaque do Santos nas últimas semanas, Madson deve recuperar seu lugar na ala direita para enfrentar o Atlético-GO. Como Zanocelo e Felipe Jonatan têm lugar garantido no meio-campo, ele terá de disputar a terceira vaga com Marcos Guilherme. Camacho, recuperado de lesão muscular, é outro atleta à disposição de Carille.
Assim, a provável escalação do Santos tem João Paulo; Danilo Boza, Luiz Felipe e Kaiky; Madson, Camacho, Zanocelo e Felipe Jonatan; Marcos Guilherme, Diego Tardelli e Marinho.
A partida contra o Atlético-GO volta a ter caráter decisivo para o Santos no Brasileiro. Trata-se de um confronto direto, pois o clube rubro-negro, à beira da zona de rebaixamento, tem 37 pontos, apenas um a menos que a equipe da Vila Belmiro.
Do lado atleticano, o jogo marcará a estreia de Marcelo Cabo, treinador que iniciará sua terceira passagem pelo time goiano.
Estádio: Antônio Accioly, em Goiânia (GO)
Horário: 17h (de Brasília) deste sábado (13)
Árbitro: Felipe Fernandes de Lima (MG)
VAR: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Transmissão: Premiere