O Paraná Clube está procurando um técnico. Sem acerto com Geninho, que foi mesmo para o Santos, a diretoria do tricolor já está procurando desde ontem o novo comandante da equipe para a temporada 2001. Já está definido que o técnico não será um dos "medalhões" do futebol brasileiro. O Paraná deverá manter a linha conseguida com Geninho do "bom e barato".
A diretoria do Paraná não conseguiu superar a proposta do Santos para Geninho - algo em torno de R$ 70 mil mensais. Com isso, o treinador se despediu do grupo ontem, mas falando em volta. Segundo ele, o trabalho no Paraná foi muito profissional e deu resultado porque houve harmonia entre todos os setores. "Dificilmente se encontra um ambiente tão bom e profissional para se trabalhar num clube como encontrei no Paraná. Saio por circunstâncias do futebol, mas espero poder voltar a trabalhar em Curitiba em breve", observou.
Depois da eliminação no sábado pelo Vasco da Copa João Havelange, os atletas se reapresentaram ontem e já saíram de férias. A volta está programada para o dia 2 de janeiro, quando se iniciam os trabalhos para a Copa Sul-Minas, na qual o Paraná estréia no dia 18 de janeiro contra o Joinville, em Curitiba.
Agora o trabalho principal fica com a diretoria. Além da procura de um novo técnico, o presidente Ênio Ribeiro espera conseguir manter praticamente o mesmo grupo que disputou a João Havelange. Uma das prioridades é a permanência do zagueiro Nem, do volante Fabrício e do meia Reinaldo, que pertencem ao São Paulo.
Eles estão no Paraná por empréstimo numa negociação que envolveu a ida de Ilan para o clube paulista. Amanhã, a diretoria do Paraná se reúne com dirigentes são-paulinos para tentar prorrogar o empréstimo de Ilan e de Nem, Fabrício e Reinaldo. "Eles têm interesse em ficar com o Ilam por mais um tempo e nós em continuar com os três atletas deles", disse Ribeiro.
Os próprios jogadores apóiam a idéia da diretoria de manter a base. "Nos superamos porque o grupo se uniu e se fortaleceu ao longo da competição. Chegamos ao final da competição com um time guerreiro e de muita qualidade técnica. Se a base for mantida, o Paraná tem chance de fazer boas campanhas nas competições que irá disputar no ano que vem", declarou o atacante Hélcio, que garantiu ter interesse em ficar no clube.
Além de resolver a situação dos jogadores, a diretoria "fica esperta" também para que o Paraná Clube não perca a chance de disputar a Mercosul como quinto melhor time do Brasil, posição conseguida com a vitória de 1 a 0 sobre o Vasco.