A partida deste sábado do Paraná Clube em Campinas, contra o Guarani, servirá, em caso de uma novo resultado positivo, para o time líder do Brasileirão desfazer o descrédito que paira sobre ele. Apesar das boas atuações na estréia com o Santos e no clássico com o Atlético, o Tricolor ainda é tratado como ''cavalo paraguaio'' ou ''fogo de palha'', o que tem irritado o técnico e os jogadores.
''Fogo de palha também queima'', avisa o técnico Cuca que tenta manter a tranquilidade dos jogadores da mesma maneira que tenta manter a humildade de todos. Ou seja, se de um lado tem que impedir que a liderança suba à cabeça dos atletas, tem que impedir que eles se deprimam com as expressões pejorativas. Cuca não esquenta a cabeça e parece passar isso a seus atletas.
''Nós vamos para Campinas para fazer um bom jogo e para medir forças com o Guarani, apenas isso. Se formos bem e nos esforçarmos, poderemos trazer um bom resultado'', resume o técnico. Ele procura afastar dos jogadores a necessidade de lutar pela liderança do campeonato. Trabalha a equipe jogo a jogo e coloca nos treinamentos os seus temperos, o que já lhe valeu o apelido de ''mestre Cuca''.
Para a partida contra o Guarani, o ingrediente mais treinado foi a velocidade nos contra-ataques. Cuca queria que os jogadores não levassem mais do que 40 segundos para sair da defesa até conseguir uma finalização contra o gol adversário. Foi essa velocidade que levou o time a surpreender o Santos na primeira rodada e a golear o Atlético na segunda.
Esta velocidade está sendo comemorada também pelo atacante Renaldo, que marcou um gol em cada partida e pretende manter esta média durante todo o Brasileirão. Ele é um jogador que tem uma ótima colocação na área e também é rápido e habilidoso no drible.
Terá ao lado, como companheiro de ataque, Caio, que estreou no clássico e foi muito bem. O meia Fernandinho foi liberado pelo Departamento Médico e tem escalação garantida.