Embora esteja no Rio de Janeiro sem agenda pública nesta sexta-feira, 11, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, divulgou uma nota em que se manifesta sobre a afirmação do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que defendeu ontem maior participação do poder público na gestão do futebol. "O País não precisa da criação de uma ''Futebras''", disse Aécio, em referência aos nomes de grande parte das estatais brasileiras.
O tucano acusou o governo de "oportunismo" na discussão sobre o futuro do futebol brasileiro. Depois da derrota do Brasil para a Alemanha pelo vergonhoso placar de 7 a 1, a presidente Dilma Rousseff defendeu "renovação" do futebol e criação de barreiras para evitar a "exportação" de jogadores. Logo em seguida, outros integrantes do governo também passaram a pedir mudanças na administração dos clubes.
"O futebol brasileiro precisa, é claro, de uma profunda reformulação. Mas não é hora de oportunismo. Principalmente daqueles que estão no governo há 12 anos e nada fizeram para melhorá-lo. E nada pode ser pior do que a intervenção estatal. O país não precisa da criação de uma "Futebras". Precisa de profissionalismo, gestão, de uma Lei de Responsabilidade do Esporte. Com foco nos atletas, nos clubes e nos torcedores", disse Aécio, na nota divulgada nas redes sociais.
O deputado tucano Otávio Leite (RJ) é relator da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, que propõe o parcelamento das dívidas dos clubes em troca de modernização da gestão e punições para falta de transparência nas contas e atrasos nos pagamentos.