Futebol

Palmeiras perde chances, cai em casa para o Goiás e é vaiado

24 mai 2015 às 14:05

Uma penca de reforços, boa campanha no Campeonato Paulista e números expressivos de bilheteria. O otimismo do Palmeiras para o começo do Brasileirão já evaporou com três rodadas, nenhuma vitória e a primeira derrota, sacramentada neste domingo. O Goiás foi eficiente para garantir o 1 a 0 em pleno Allianz Parque e fazer o time da casa sair de campo vaiado, como há tempo não se via.

Até agora o Palmeiras no Brasileiro é uma mola encolhida. O suposto potencial ainda não foi demonstrado e depois de empatar com os reservas do Atlético-MG e ficar no 0 a 0 com o Joinville em jogo sem torcida, o tropeço mais recente foi em partida na qual o time dominou, teve mais chances e foi punido pelos contra-ataques fatais dos goianos, como no lance do gol da vitória, marcado aos 32 minutos do segundo tempo, com Péricles. O resultado levou os visitantes a sete pontos, comprovando o ótimo início de Brasileirão.


O Palmeiras causou surpresa ao entrar em campo com o uniforme branco e uma formação diferente. Zé Roberto e Valdivia atuaram como meias, embora não tenham feito um primeiro tempo digno de elogio. O veterano se destacou um pouco mais, ao se aproximar de Egídio pela esquerda e criar boas jogadas. Já o chileno, parecia desconectado, a ponto de estar de costas para a bola quando recebeu um passe.


O maestro tanto do time como do ânimo da torcida foi o garoto Kelvin. Aos 21 anos, chamou a responsabilidade para si, puxou ataques, driblou e não pensava duas vezes antes de dar um toque de calcanhar. O atacante ainda teve o nome gritado logo após fazer um lance típico de camisa 10 e achar um passe que rasgou a defesa. O lance na sequência foi desperdiçado por Valdivia.


Curiosamente, o estádio vibrou com o sufoco do time de verde, no caso o Goiás. No movimentado primeiro tempo foram cinco chances claras de gol para o Palmeiras, mas sempre um domínio errado, um toque a mais ou o excesso de preciosismo impediram a abertura do placar. O goleiro Renan também apareceu de forma decisiva, com boas defesas. A equipe visitante teve somente dois lances de perigo antes do intervalo.


A pressão palmeirense diminuiu durante o segundo tempo e o jogo foi em ritmo bem mais lento. A intensidade dos dribles e as seguidas chances de gol viraram jogadas burocráticas de lado de campo e cruzamentos. O técnico Oswaldo de Oliveira inclusive trocou de atacante para ganhar mais presença de área e Cristaldo chegou a cabecear uma bola na trave.


O ímpeto para marcar o gol e chegar à primeira vitória fez o time se enervar demais e esquecer que apesar do estádio cheio e do domínio de jogo, a defesa palmeirense costuma falhar. E aviso não faltou. O goleiro Fernando Prass tentou driblar Bruno Henrique na lateral do campo, perdeu a bola e Vitor Hugo salvou em cima da linha.


Pouco depois, o mesmo atacante do Goiás ganhou uma sequência de divididas, driblou Fernando Prass e rolou para Péricles somente completar e abrir o placar. A comemoração do gol estragou a genialidade do lance. Bruno Henrique subiu à arquibancada para comemorar com a torcida, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso.

O Palmeiras tinha então um jogador a mais e cerca de 15 minutos para tentar empatar. A equipe foi de vez para cima, arriscou chutes de longa distância e voltou a dar trabalho para Renan. Nervoso, o time ainda teve Victor Ramos expulso antes de deixar o campo sob vaias, atitude que já mostra a desconfiança da torcida.


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