Após um primeiro tempo que fez lembrar os piores momentos da equipe de Gilson Kleina, o Palmeiras se reabilitou e, na base da vontade, derrotou o Sampaio Corrêa por 3 a 0, no Pacaembu. O resultado não mostrou exatamente o que foi o jogo, mas serviu para colocar o time alviverde na próxima fase da Copa do Brasil, em que o rival será o Avaí.
Para os mais desavisados, parecia que o Sampaio Corrêa era quem precisava vencer. O time do Maranhão armou o ataque com Waldir e Willian Paulista caindo pelas pontas e Valber e Uillian Correia chegando com liberdade pelo meio. A bagunçada defesa alviverde só olhava e, quando dava, chutava para onde o nariz apontava. Ao contrário do último jogo, em que o Palmeiras marcou o Goiás no ataque, nesta quarta-feira o que se viu foi uma marcação à distância, sem combatividade.
Já na criação o time era estático e previsível, como outrora. Leandro ficou escondido no canto direito do campo, enquanto Diogo corria como louco, mas a ansiedade o marcava melhor do que qualquer adversário. O fato é que o Sampaio Corrêa tocava a bola muito melhor e só não abriu o placar na primeira etapa porque Fábio fez uma grande defesa em um chute de Jonas.
Como Mendieta estava apagado, Wesley tentou jogar por ele e pelo paraguaio e chegou um momento em que achou que poderia fazer tudo sozinho. Chutou de fora da área, carregou a bola o campo inteiro e até gol olímpico tentou marcar. Ele era o retrato da bagunça tática do time alviverde.
O único que conseguiu fazer os palmeirenses se animar foi Henrique, que, aos 41, criou bela jogada na frente da área e acertou uma bomba que carimbou a trave. No intervalo, o interino Alberto Valentim prometeu mais velocidade e um time com mais brio no segundo tempo.
E foi o que aconteceu. A equipe não encheu os olhos, mas compensou com vontade. O time alviverde colocou a bola no chão e passou a dominar o jogo, como deveria ter feito desde o início. Com o adversário bem fechado, o jeito foi apostar em chutes de fora da área.
E quis o destino que justamente um dos piores jogadores do Palmeiras em campo tivesse um momento de brilho e garantisse a classificação. Aos 19, Mendieta acertou a trave com uma cabeçada e, na sequência do lance, Henrique dividiu com a zaga e a bola sobrou para o meia, que tocou por baixo do goleiro e abriu o placar.
ABRIU A PORTEIRA
Com o gol, o Palmeiras recuou e o adversário partiu para o ataque – e deixou a defesa aberta. O Alviverde aproveitou e garantiu a classificação. Aos 45, Marquinhos Gabriel passou para Henrique marcar. Dois minutos depois, foi a vez de Wesley passar para Felipe Menezes fechar o placar e garantir a festa da torcida palmeirense no Pacaembu.