A tarefa de se salvar de um rebaixamento não tem sido nada fácil para o Palmeiras. Gilson Kleina ainda está à espera de uma sequência de quatro vitórias - que, se antes serviria para encher o time de moral, agora é imprescindível para a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro. Para conseguir tal façanha, inédita para a campanha palmeirense neste Nacional, o time conta com o otimismo de enfrentar nesta rodada um adversário que tem sido sua vítima, o Botafogo.
A partida na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara (SP), a partir das 17 horas, será a quarta vez que os times se encontrarão em 2012. Contra o time carioca, o Palmeiras construiu alguns de seus melhores momentos. Foram duas vitórias com bom futebol e Barcos como destaque: 2 a 0 e 2 a 1, com todos os gols palmeirenses tendo sido marcados pelo atacante argentino. Na única derrota (3 a 1, no Engenhão) quem saiu feliz foi o Palmeiras, por ter eliminado o rival da Copa Sul-Americana.
A situação agora, no entanto, é bem diferente. O Botafogo, apesar de toda irregularidade que demonstrou na temporada, ainda sonha com uma vaga na Copa Libertadores, alimentado por chances matemáticas e pela fé de que os sete pontos que o separam do São Paulo (o último do G4) ainda podem ser tirados. Já o Palmeiras, que nos três primeiros confrontos contra o Botafogo ainda vivia uma fase de celebração pelo título da Copa do Brasil, agora entra na fase do desespero para se livrar da queda.
Esse desespero, aliás, tem preocupado Gilson Kleina. Para o treinador palmeirense, a fragilidade psicológica do time tem sido um ponto fraco bastante explorado pelos adversários. "Todos falam em se aproveitar do desespero do Palmeiras. E nós não podemos deixar que isso aconteça. Desde quando chegamos aqui, partida ruim mesmo foi só uma, contra o São Paulo. Nas demais, mesmo nas derrotas, tivemos boas apresentações e até dominamos os nossos adversários".
O goleiro Bruno tem análise semelhante à do treinador. E também tem a receita para que o time supere seus medos. "Não podemos inventar. É entrar em campo e fazer o simples. Contra o Bahia e o Cruzeiro, foi assim. Marcamos forte, tivemos muita disposição e aproveitamos as chances no ataque. Acho que também fizemos uma boa partida diante do Inter. Tem que ser assim nessas rodadas finais, a começar pelo Botafogo. Sabemos que vamos enfrentar um time muito difícil, que vem crescendo, mas não nos resta alternativa a não ser vencer. Se tivermos equilíbrio entre os setores, é meio caminho andado".