Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Quem leva?

Palmeiras e São Paulo colocam riqueza tática à prova na final do Paulistão

Bruno Rodrigues - Folhapress
20 mai 2021 às 09:38

Compartilhar notícia

- Pixabay
Publicidade
Publicidade

A última vez que o Campeonato Paulista teve um técnico estrangeiro campeão foi em 1975, quando o argentino José Poy, ex-goleiro e ídolo do São Paulo, levou a equipe tricolor ao título daquela edição.


Finalistas do Estadual com Palmeiras e São Paulo, respectivamente, Abel Ferreira e Hernán Crespo são os postulantes a quebrar essa escrita que já dura mais de quatro décadas. O português e o argentino colocarão suas estratégias à prova na decisão, em busca de um lugar cativo na história do torneio.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


As equipes entram em campo para o primeiro jogo da final nesta quinta-feira (20), às 22h, no Allianz Parque, com transmissão da Globo e do SporTV. A partida de volta acontece no próximo domingo (23), às 16h, no Morumbi.

Leia mais:

Imagem de destaque
Casa?

Jogadores aprovam, mas logística afasta seleção da Granja Comary

Imagem de destaque
Alerta

Estudo estima aumento global de 76% dos casos de câncer até 2050

Imagem de destaque
Trégua

Diretoria do Flamengo conversa com Gabigol e cogita dar fim ao afastamento

Imagem de destaque
Mercado da bola

Wendell já cogita volta, e São Paulo tem trunfo por lateral na Copa


Com mais tempo de trabalho que o seu rival, Abel Ferreira assumiu o Palmeiras em novembro do ano passado e herdou um time campeão paulista, mas que jogava, antes de sua chegada, um futebol aquém das expectativas da diretoria.

Publicidade


Sob o comando do português, a equipe incorporou competitividade e teve sucesso na última temporada ao praticar um jogo mais direto, que envolvia menos elaboração ofensiva.


O Palmeiras de hoje tem maior variação de jogadas, gosta mais de ter a bola e não é dependente do contra-ataque. Contudo, o desarme na altura do meio de campo e as saídas rápidas, com poucos toques até chegar ao gol adversário, seguem como principal característica do coletivo alviverde.

Publicidade


Com a atual temporada em andamento, Abel redesenhou o time com a inclusão de um terceiro zagueiro, Renan, que atua ao lado de Luan e Gustavo Gómez, campeões da América e da Copa do Brasil.


Quando está na fase defensiva, a equipe marca na maioria das vezes com uma linha de cinco homens atrás, quatro à frente dela e Rony ou Luiz Adriano mais adiantados, à espera do passe ou do lançamento para correrem no espaço. É um 3-5-2 que varia para o 3-4-2-1 em diversos momentos.

Publicidade


O fato de contar com três zagueiros e se fechar em linha de cinco é visto muitas vezes como retranca, mas não é o caso do Palmeiras. Quando recupera a posse, sabe o que fazer. Na primeira fase do Campeonato Paulista, quando jogou quase sempre com uma formação alternativa, só não marcou mais gols (18) que São Paulo (28) e Ferroviária (20), e nos últimos cinco jogos, balançou as redes dez vezes.


No clássico contra o Corinthians, pela semifinal do Estadual, foi o time palmeirense que tomou a iniciativa em Itaquera, dono da bola até abrir o placar com Victor Luis. O ala pela esquerda, inclusive, apareceu em condições para marcar também em outra oportunidade, na qual acertou a trave.

Publicidade


A partir do gol, a equipe recuou e fechou os espaços do rival, que não conseguiu furar o bloqueio.


Já na etapa final, um gol com a assinatura do Palmeiras de Abel Ferreira para definir o primeiro finalista da competição: Otero errou passe no meio de campo, a equipe retomou a bola e Zé Rafael lançou Luiz Adriano em profundidade. O camisa 10 tocou para Rony, que ajeitou de volta para o companheiro finalizar.

Publicidade


Poucos passes, jogo direto e vitória consumada em um clássico controlado pelos alviverdes, que variaram a estratégia para disputar mais uma final.


Curioso pensar que o técnico inicialmente buscado pelo Palmeiras para substituir Vanderlei Luxemburgo, o espanhol Miguel Ángel Ramírez, se assemelhe mais a Hernán Crespo do que ao escolhido Abel Ferreira. Adepto do jogo posicional, o treinador argentino chegou em fevereiro deste ano ao São Paulo e busca seu primeiro título pelo clube.

Publicidade


Apesar do tempo curto de trabalho, os jogadores são-paulinos assimilaram rapidamente as ideias do novo treinador. Também porque não houve uma ruptura brusca com relação ao ciclo anterior, comandado por Fernando Diniz, no qual o time já se colocava como protagonista a partir do domínio da posse de bola.


Porém, os mecanismos para a saída limpa de trás e a progressão em direção ao campo adversário são distintos.


Entre os grandes paulistas, Crespo foi o primeiro a estruturar sua equipe com três zagueiros nesta temporada. A formação defensiva remete aos tempos áureos do São Paulo há duas décadas e foi implementada pelo novo técnico desde o início.


Protegido atrás, o time joga em um 3-4-1-2, com os zagueiros adiantados e laterais bem abertos, que dão amplitude e possibilitam mais espaços para o time jogar entre as linhas dos rivais.


Lateral de origem, o zagueiro Léo, que atua pelo lado esquerdo, tem papel importante no início das jogadas. Além dos passes verticais, o jogador de 25 anos gosta de avançar com a bola dominada para romper linhas de marcação e chegar mais diretamente ao ataque.


O São Paulo encontrou em Martín Benítez o articulador das ações ofensivas, especialmente quando o argentino recebe o passe às costas dos volantes adversários. Destaque nas últimas vitórias da equipe, o camisa 8 tem liberdade para flutuar por trás dos atacantes, trocando de lado a depender de onde está a bola.


A expectativa é de um duelo tático interessante nos dois jogos da decisão do Paulista. Um São Paulo que quer ocupar o campo do adversário, contra um Palmeiras que se sente confortável atrás e pode aproveitar as linhas adiantadas do rival para causar dano.


Foi algo que o time de Hernán Crespo conseguiu evitar no último clássico entre as equipes, pela primeira fase do Estadual, no Allianz, diante de um Palmeiras com muitos reservas.


Para evitar os lançamentos e as saídas rápidas dos palmeirenses, os são-paulinos marcaram em pressão alta, na tentativa de recuperar rapidamente a bola e não ficar exposto ao jogo direto dos alviverdes. Um desarme no ataque originou o gol tricolor.


Daniel Alves tomou de Gustavo Scarpa na saída de bola do Palmeiras, invadiu a área e serviu Pablo, artilheiro tricolor no Paulista, com 5 gols.
Nesta quinta-feira, na casa alviverde, os rivais entram em campo para a primeira metade do Choque-Rei decisivo. Um confronto histórico, com trabalhos bem assimilados pelos jogadores e a oportunidade de se aproximar do título, cada um à sua maneira.


PALMEIRAS
Weverton; Luan, Gustavo Gómez e Renan; Mayke, Felipe Melo, Patrick de Paula, Raphael Veiga e Victor Luis; Rony e Luiz Adriano. T.: Abel Ferreira


SÃO PAULO
Volpi; Arboleda, Miranda, Léo; Daniel Alves, Luan, Liziero, Benitez e Reinaldo; Luciano (Sara) e Pablo. T.: Hernán Crespo

Estádio: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Horário: 22h (de Brasília) desta quinta-feira (20)
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza
VAR: Jose Claudio Rocha Filho
Transmissão: TV Globo, SporTV e Premiere


Publicidade
Publicidade

Continue lendo

Últimas notícias

Publicidade