Contradições e respostas insatisfatórias no depoimento do presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Rolim de Moura, para a Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) no Plenário da Assembléia Legislativa, em Florianópolis, Santa Catarina, na última segunda-feira. Além de Moura, a CPI da Câmara dos Deputados ouviu outros dois presidentes: Emídio Perondi, da Federação Gaúcha de Futebol, e Delfim Pádua Peixoto Filho, da Federação Catarinense de Futebol.
O presidente da FPF foi lacônico quando questionado sobre uma doação de R$ 200 mil da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). "Eu não considero uma doação. Na medida do possível vou pagar a entidade", explicou Moura, em contradição a Ricardo Teixeira, presidente da CBF, que disse ter doado esse dinheiro e não emprestado. O Deputado Pedro Celso, do PT Distrito Federal, tentou entender como o dirigente iria devolver a doação e não teve uma resposta positiva.
O Deputado Federal Florisvaldo Fier, o Dr. Rosinha, do PT-PR, afirmou que "muita coisa ficou sem resposta", em uma alusão ao depoimento. Nem mesmo o memorando sobre a Comissão de Construção do Pinheirão, que teria consumido R$ 15 milhões, foi especificado. Dr. Rosinha agora vai redigir um parecer que será encaminhado ao Ministério Público. "As provas contundentes passaremos ao Ministério Público".
Os depoimentos de Perondi e Peixoto Filho também deixaram a desejar. A federação catarinense foi questionada sobre os motivos que levaram um funcionário da entidade a receber R$ 250 mil. Perondi não contou porque a federação gaúcha reteve R$ 98 mil de uma doação da CBF para o Internacional.