Em 2017 o futebol brasileiro vai adotar o árbitro de vídeo, que vai auxiliar o trio de arbitragem na marcação de lances decisivos. A informação foi prestada nesta quarta-feira por Manoel Serapião Filho, presidente da Escola Nacional de Árbitros de Futebol, durante entrevista coletiva dos novos responsáveis pela Comissão de Arbitragem da CBF. O coronel Marcos Marinho assumiu a presidência dessa comissão, substituindo Sérgio Correa.
Ainda não está definido em qual torneio o procedimento passará a ser adotado, mas Serapião Filho cogita que já nos Estaduais esse tipo de árbitro comece a atuar. Antes devem haver testes em torneios amistosos.
"Esse árbitro ficará em uma cabine, no próprio estádio, com contato direto com o árbitro de campo, e não vai tratar de questões subjetivas, como se o atleta merecia ser expulso ou se foi bola na mão ou mão na bola, porque isso o juiz em campo tem muito mais condições de avaliar. Ele vai cuidar de questões objetivas, como impedimento, bola que entrou ou não entrou, erros que possam mudar o resultado de uma partida", explicou Serapião.
Nenhum representante dos clubes poderá solicitar avaliações de um lance, como ocorre no vôlei e no tênis. A iniciativa de analisar o lance e avisar o juiz em campo a respeito de uma marcação errada caberá exclusivamente ao próprio árbitro de vídeo.
Na coletiva desta quarta, Marinho afirmou que haverá mudanças na forma de escolha dos árbitros que irão a sorteio para apitar jogos. O sorteio não deixará de existir, pois está previsto no Estatuto do Torcedor. Mas os critérios de escolha serão alterados.