O Paris Saint-Germain enfrenta nesta quarta-feira (4) o Lyon, pela semifinal da Copa da França, partida que marca o retorno de Neymar à equipe após desfalcar o time no último fim de semana, na goleada por 4 a 0 sobre o Dijon pela liga francesa, fruto de uma suspensão por cartão vermelho.
A expulsão na vitória de 4 a 3 contra o Bordeaux, no último dia 23 de fevereiro, já nos acréscimos do segundo tempo, foi mais um dos episódios com repercussão negativa que o brasileiro somou nas últimas semanas.
De acordo com o jornal esportivo L'Equipe, Neymar se recusou a treinar com o time após a goleada de 6 a 1 do PSG diante do Dijon, esta pela Copa da França, no último dia 12.
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O motivo da ausência do camisa 10, segundo a publicação, foi a não confirmação de seu técnico, Thomas Tuchel, de que ele enfrentaria o Borussia Dortmund pela Champions League.
No fim das contas, o atacante foi titular e marcou o gol dos franceses na derrota por 2 a 1 na Alemanha, pelas oitavas de final do torneio europeu. Foi a primeira partida de Neymar em um mata-mata de Champions após dois anos.
Antes do Borussia, ele não entrava em campo pelo PSG desde o dia 1º de fevereiro, quando uma queda na vitória sobre o Montpellier o deixou com dores nas costelas e o afastou por duas semanas.
Na goleada de 5 a 0, o brasileiro ainda discutiu com o árbitro principal e o auxiliar em razão de um amarelo recebido após tentar dar um chapéu no adversário.
Ainda em Dortmund, na entrevista após a derrota pela Champions, Neymar criticou a falta de sequência antes de enfrentar os alemães e disse que tinha condições atuar antes do compromisso pelo torneio europeu.
"Isso [ausência dos últimos jogos] foi coisa decidida pelo clube e pelos médicos e tive que acatar. Tive várias discussões, e não curti o que propuseram, mas respeitei. Isso acaba sendo ruim para mim e companheiros. Eu tive uma fissura, mas não era nada que me impedia de jogar", afirmou o brasileiro.
Lesionado, Neymar celebrou seu aniversário de 28 anos com uma grande festa em Paris no dia seguinte ao triunfo contra o Montpellier.
Amigos do jogador e seus companheiros de PSG estiveram no evento. O técnico Thomas Tuchel não compareceu e mostrou seu incômodo com o cansaço da equipe na vitória sobre o Nantes, pelo Campeonato Francês, três dias após a comemoração.
"Se eu deixo de lado todos os jogadores que estiveram na noite, não tenho time. Nós não podemos pensar na festa, senão a gente não joga", afirmou o alemão.
Tuchel voltou a falar sobre o comportamento do camisa 10 e de seu elenco depois que viu imagens da festa de aniversário de Cavani, Di María e Icardi, celebrada dois dias depois da derrota em Dortmund e às vésperas de enfrentar o Nantes. No vídeo, o uruguaio, o brasileiro e o goleiro costa-riquenho Keylor Navas aparecem pulando e cantando sem camisa.
"Eu fiquei realmente surpreso com o vídeo. Vocês podem ter certeza que falamos sobre isso dentro do clube e é melhor que fique aqui dentro", afirmou o treinador.
A sequência de episódios controversos de Neymar colidiu justamente com um bom momento do atleta dentro de campo. Já são 16 gols e 10 assistências em 20 jogos na temporada pelo PSG.
Esse desempenho, inclusive, havia ajudado o brasileiro em uma espécie de campanha de recuperação da sua imagem perante os torcedores do clube parisiense, que iniciaram a temporada jurando indiferença ao camisa 10 e pedindo a sua saída do time, depois que o atacante teve negociações frustradas com Barcelona e Real Madrid.
Do ódio demonstrado nas primeiras rodadas da liga francesa, quando a torcida mencionou até a acusação registrada no ano passado pela modelo Najila Trindade, as arquibancadas do Parque dos Príncipes passaram a adotar uma trégua com relação ao jogador.
A calmaria, contudo, talvez não dure por muito mais tempo. Na próxima semana, no dia 11, o PSG recebe o Borussia Dortmund para o confronto de volta das oitavas de final da Champions League.
Caso seja eliminado, será a terceira queda consecutiva do clube nesse estágio da competição. Na eliminação anterior, pela temporada 2018/2019, Neymar não participou dos duelos contra o Manchester United, lesionado.
Dias antes do revés para os ingleses, ele estava no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, onde curtiu o Carnaval no ano passado no camarote do ex-atacante da seleção brasileira Ronaldo.
Nesta terça-feira, véspera do duelo contra o Lyon, pela Copa da França, Tuchel falou sobre o retorno do atacante à equipe após a suspensão e deu um voto de confiança ao camisa 10.
"Ele [Neymar] está mais calmo. Em Bordeaux, fez uma grande partida, infelizmente foi expulso. Ele está se preparando para jogar, e vai jogar, é necessário. O mais importante é que ele jogue, que esteja com a gente nesta fase decisiva", disse o técnico.
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