Futebol

Neymar rebate críticas de Fabiano Eller no Santos

01 jul 2009 às 08:54

No momento em que precisa se unir para voltar a vencer, depois de quatro resultados negativos seguidos, o Santos vive um conflito interno, a dois dias do jogo contra o Sport, sábado à noite, na Vila Belmiro. O atacante Neymar demonstrou personalidade e respondeu com firmeza às críticas que vem recebendo dos jogadores de defesa.

Na semana passada, o zagueiro Paulo Henrique Rodrigues disse que os mais jovens também têm que voltar e participar da marcação. Nesta terça, Fabiano Eller afirmou que Neymar e Paulo Henrique Lima já atuaram várias vezes como titulares, deixaram de ser meninos e também têm que assumir a responsabilidade.


"Agora estão querendo achar culpados", contra-atacou Neymar nesta quarta-feira. "Um tempo atrás era a defesa que marcava e não os atacantes. E em nenhum momento a gente (os jogadores mais novos) falou da defesa quando sofremos gols. Eu não sou diferente e não vou criticar para não criar polêmica. Meu negócio é atacar, fazer gol. Tem de me criticar se eu não fizer gol e não se o time sofrer gol. O Santos é um grupo e todos têm que correr juntos. Os jogadores da frente também têm que marcar", rebateu o atacante.


Além de rebater as acusações de que ele, Paulo Henrique Lima e Madson estão se omitindo na marcação e por isso são os maiores responsáveis pelos 15 gols que o time sofreu nas oito rodadas do Campeonato Brasileiro, Neymar disse que não sabe mais se é menino ou adulto.


"[O técnico Vagner) Mancini me tirou do time, alegando que eu tenho de ter mais maturidade. Agora, vêm outros e dizem que eu não sou mais garoto e tenho de ter responsabilidade. Eu já nem sei mais se sou ou não garoto", ironizou. Neymar também afirmou que jamais se acomodou. "Mesmo quando era titular me sentia ameaçado."

Já Paulo Henrique Lima foi menos duro ao falar sobre as críticas dos jogadores de defesa. "Não há conflito no grupo e cada um vem fazendo a sua parte. A cobrança é boa, mas é preciso ser feita na hora certa", ressaltou o meia. Ele usou o fraco desempenho do Santos no primeiro tempo do clássico de domingo para mostrar que todos estão participando da marcação. "O ataque todo ficava atrás da linha da bola. E por isso tivemos poucas chances para marcar", finalizou.


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