Os policiais da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) que foram ao CT da seleção brasileira, em Teresópolis (RJ), no fim da manhã desta segunda-feira intimaram o atacante Neymar a depor na sexta-feira na investigação por supostos crimes virtuais cometidos com vídeo divulgado no último domingo com fotos íntimas da mulher que o acusa de estupro.
A assessoria jurídica da CBF que está ajudando a defesa do jogador está tentando adiar a oitiva para a próxima semana. O motivo é que Neymar estará em Porto Alegre na próxima sexta-feira concentrado para o amistoso da seleção brasileira contra Honduras, marcada para o próximo domingo.
Desde domingo, a DRCI investiga Neymar pelo vídeo divulgado por ele no Instagram. Desde o ano passado, é crime passível de prisão a divulgação de imagens íntimas sem consentimento das partes. O vídeo foi retirado do ar nesta madrugada pela rede social "por violar os padrões" da sua comunidade.
No último sábado, veio a público um B.O. registrado por uma mulher em São Paulo. Ela acusa Neymar de estupro sofrido em Paris, para onde viajou a convite do próprio jogador, no mês passado. No B.O., ela afirmou que o atacante estava aparentemente embriagado, e após conversarem e trocarem carícias no hotel onde ela estava hospedada, o jogador se tornou agressivo e "mediante violência, praticou relação sexual contra a vontade da vítima".
Desde que a acusação de estupro contra Neymar veio à tona, no sábado, o tema é tratado com muita discrição na Granja Comary, em Teresópolis. O atacante segue sua rotina de treinos na preparação para a Copa América, sendo que na quarta-feira a seleção vai enfrentar o Catar em amistoso no Mané Garrincha, em Brasília.