O empate por 0 a 0 com Cuba na noite desta sexta-feira (21) ligou o sinal de alerta na seleção brasileira. Com apenas dois pontos somados em dois jogos, a equipe corre o risco de ser eliminada na primeira fase do torneio de futebol dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. E o técnico Ney Franco admitiu que uma queda precoce seria uma vexame. "Vexame será se eu vier aqui no domingo e tiver que falar sobre a eliminação do Brasil. Mas isso não vai acontecer", afirmou.
O empate com Cuba deixou o Brasil em terceiro lugar no Grupo B. Assim, a equipe precisa vencer a Costa Rica no domingo para avançar às semifinais. "Temos que entrar para atropelar. Temos condições de classificação, basta ajustar alguma coisa taticamente e melhorar nas finalizações", ressaltou Ney Franco.
O Brasil não conseguiu superar a forte retranca cubana e não passou do 0 a 0. O técnico negou, porém, que a equipe tenha sofrido com o excesso de confiança diante de um adversário inferior tecnicamente. "Eles marcaram forte e foram competentes. Nós fomos incompetentes, pois não conseguimos marcar um gol sequer", frisou. "Jogamos sempre respeitando o adversário e Cuba teve a qualidade de se defender bem. Tanto que eles comemoraram o empate como se fosse uma conquista de Copa do Mundo", completou.
Ney Franco também criticou o comportamento dos jogadores. Assim como na estreia contra a Argentina, a seleção brasileira teve um atleta expulso - dessa vez, Leandro. "Hoje não é hora para conversar isso com o grupo. Mas amanhã este será o tema da minha palestra. Não podemos perder um jogador por partida por expulsão num torneio de tiro curto", disse.
Nos minutos finais do jogo, o torcedor mexicano apoiou completamente a seleção de Cuba, aos gritos de olé em cada toque na bola. "É normal o torcedor neutro escolher o time mais fraco para torcer. Além disso, teve o fato de o Brasil ter vencido o México recentemente aqui dentro e ainda pode ter uma relação com a briga no quadro de medalhas do Pan", analisou Ney Franco .