A derrota da última quarta-feira para a Ponte Preta por 3 a 1, de virada, mesmo atuando no Morumbi, não estava no roteiro esperado pelo São Paulo para a semifinal da Copa Sul-Americana. Para chegar à decisão, a equipe precisará vencer o jogo de volta, semana que vem, em Mogi Mirim, por três gols de diferença - ou dois, desde que o placar seja maior que 3 a 1. Mesmo sabendo da dificuldade, o técnico Muricy Ramalho garantiu: "Não vamos jogar a toalha".
O treinador comparou a situação atual com a vivida pelo São Paulo no Campeonato Brasileiro, quando chegou ao clube depois da demissão de Paulo Autuori. Na ocasião, o Tricolor estava afundado na zona de rebaixamento, sem perspectiva de se salvar, mas conseguiu bons resultados consecutivos e hoje o time é o melhor paulista na competição, em oitavo lugar.
"É uma situação também muito difícil, o rebaixamento era complicado. Estávamos quase lá e esse time deu a volta. Pode ser que chegue nesse segundo jogo e possa surpreender. No futebol tudo pode acontecer, não vamos jogar a toalha, não", declarou. Apesar de lamentar o resultado e reconhecer a superioridade do adversário, Muricy negou que a Ponte Preta tenha vencido por ter entrado em campo com mais vontade. "Nós também entramos com vontade de vencer. Conversamos com os jogadores, mas a Ponte jogou melhor que nós. Não tem mais ou menos vontade de vencer. Só ter vontade não adianta nada no futebol."
O treinador ainda lamentou a queda da equipe após os 20 primeiros minutos de jogo. "Também não pode só falar que São Paulo jogou mal. Tem que falar que a Ponte jogou muito bem também. Nosso pior foi contra o Santos (derrota por 3 a 0, na Vila Belmiro), foi horrível. Hoje, pelo menos jogamos 20 minutos. Mas a Ponte foi muito bem. Não tem o que reclamar, não."