O presidente do Atlético-PR, Mário Celso Petraglia, afirmou durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa de 2014, na noite desta terça-feira (20), que não existe dinheiro público envolvido na realização das obras da Arena da Baixada. Ele também negou que exista qualquer benefício pessoal ou familiar na aquisição das cadeiras a serem instaladas nas arquibancadas do estádio. "O Atlético não entende que seja dinheiro público. A prefeitura e o governo estão transferindo benefícios para o evento, portanto nos sentimos credores", afirmou. A reunião da CPI aconteceu na sede da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em Curitiba.
O dirigente destacou que o clube empenhou como garantia para a realização da obra o seu Centro de Treinamentos (CT) do Caju, e que havendo qualquer ágio nos valores do empreendimento o Atlético já pactuou em assumir as diferenças. "O clube tem um terço nas obras. E já colocou dinheiro. Agora é preciso também cobrar as responsabilidades das outras partes", informou. Sobre as cadeiras, ele disse que houve o convite a 13 empresas do ramo, mas apenas oito participaram do processo de escolha, que considerou como critério para compra o preço e a técnica. "Não houve privilégio e nem favorecimento, assim como não haverá. Meu filho não precisa de benesses do seu pai, nem do Atlético. Fizemos um test drive nas cadeiras. E são as melhores. Nem sempre a mais barata é a melhor opção. Um dos critérios era técnica/preço", justificou.
Os parlamentares Jonas Guimarães (PMDB), Ademir Bier (PMDB), Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), Mauro Moraes (PSDB), Ney Leprevost (PSD), Toninho Wandscheer (PT) e Gilberto Ribeiro (PSB) ainda fizeram questionamentos ao presidente do Atlético e aprovaram, para a próxima terça-feira (27), a vinda do presidente da Comissão da Copa do Mundo designada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Para o presidente da CPI, deputado Fábio Camargo (PTB), a reunião foi "esclarecedora". "Ficou claro que o preço é fechado do governo para o clube, em relação àquilo que cada um tem de responsabilidade de valores, com um terço para cada um. O clube deixou claro que se o valor foi excessivo, vai ficar caro para o clube, que vai arcar com as diferenças. Particularmente, entendo que o assunto Arena está encerrado. A não ser que apareça alguma materialidade sobre a questão", analisou o parlamentar.