O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, garantiu na noite desta segunda-feira que não vai demitir o técnico Muricy Ramalho. As declarações tentam melhorar o clima no clube desde a derrota para o Corinthians, semana passada, pela Copa Libertadores. Muricy foi criticado por alguns conselheiros pela escalação da equipe naquela partida.
"A última palavra cabe ao presidente. Da mesma forma que pedi para contratar o Muricy quando eu não era nada, eu quero o Muricy, não abro mão do Muricy. Ele só deixará o São Paulo se quiser. Vou ao treino da tarde amanhã (terça-feira) dar um abraço nele", afirmou o dirigente, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
A instabilidade na relação entre o presidente e o treinador começou com as cobranças pela conquista de um título em 2015 depois da contratação de reforços (Thiago Mendes, Daniel, Bruno, Carlinhos, Jonathan Cafu e Centurión).
O dirigente amenizou as cobranças. "Esse título não é obrigação, é o que o torcedor quer, é o que eu quero. Essa frase minha foi colocada como cobrança, mas eu jamais cobraria o Muricy publicamente. Se tivesse de falar, será pessoalmente. Ele é meu treinador e está sob contrato. Só tenho a aplaudi-lo. Ele é são-paulino, tem a cara do São Paulo", afirmou Aidar.
No último fim de semana, após a vitória sobre o Audax, no Morumbi, Muricy foi questionado se a boa relação dele com o ex-presidente Juvenal Juvêncio vinha atrapalhando o trabalho no São Paulo. Aidar rompeu com o antigo mandatário depois de ser eleito e passou a considerá-lo como seu maior desafeto no clube. Aidar até não descarta que pessoas próximas a Juvenal possam estar tumultuando ainda mais o ambiente no Morumbi.
"Pode ser que sim, mas não posso afirmar. As declarações dele é de alguém incomodado. Ele está incomodado com alguma coisa. Essa minha declaração põe uma pá de cal no assunto. Muricy é o treinador do São Paulo Futebol Clube", determinou.