Além das deficiências técnicas e da pouca produção, o Tubarão terá que superar problemas extracampo para se reabilitar na Série B e nadar em águas mais calmas. No momento mais turbulento da temporada, o Londrina convive com cobranças da torcida e reclamação de jogadores por salários atrasados.
A goleada sofrida para o Bahia e a vitória do Novorizontino sobre o CRB por 3 a 1 - o jogo adiado da primeira rodada foi disputado na noite de terça-feira (4) no interior paulista - levaram o LEC pela primeira vez para a zona do rebaixamento no Brasileiro. Com cinco pontos, o Alviceleste é o 17º. No ano passado, o Tubarão havia entrado na ZR na 11ª rodada.
A sequência de cinco partidas sem vencer - dois empates e três derrotas - levou um grupo de torcedores organizados a protestar no aeroporto no desembarque da delegação de Salvador, na noite de quarta-feira (5). Houve uma conversa entre o grupo e o elenco e a cobrança por melhor desempenho e mais dedicação foi grande. No diálogo, no saguão do aeroporto, os jogadores reclamaram dos salários atrasados.
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Em entrevista à rádio Paiquerê 91,7 na quarta, o gestão Sérgio Malucelli negou que há salários atrasados e garantiu que os vencimentos foram quitados no início da semana, antes do jogo na Fonte Nova. "Está tudo em dia", afirmou. O dirigente relatou ainda que chegou a oferecer uma premiação de R$ 50 mil, em caso de vitória na Bahia.
O Londrina convive com salários atrasados desde 2020, sobretudo após o início da pandemia. O próprio gestor já reconheceu as dificuldades financeiras nos últimos dois anos. Em relação aos salários atuais, o clube ainda não quitou os vencimentos do mês de março, que de acordo com a política estabelecida pelo LEC deveriam ser pagos até o dia 23 de abril. A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) estipula que os salários sejam pagos até o quinto dia útil do mês seguinte.
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