Muricy Ramalho vai assinar um contrato mais longo com o Santos nos próximos dias. O treinador afirmou na semana passada ter recebido, há um mês, convite do presidente Luis Álvaro de Oliveira e do comitê gestor para continuar no clube, mas respondeu que preferia tratar do assunto após as eleições. Mas, na quarta-feira passada, ele mudou de ideia, ao ser informado que Neymar ficará no Santos até 2014.
"Isso mexeu bastante para a minha permanência porque a gente vê a preocupação a direção de estar sempre melhorando. Eu já tinha o convite e agora vou pedir para que as negociações sejam acelerados um pouco porque é importante para o campo", disse Muricy nesta sexta-feira. Ele explicou que o seu contrato termina em abril, mas que há um acordo verbal para que ele dirija o time até o fim da próxima Copa Libertadores.
Outra razão para Muricy querer continuar no Santos é que a diretoria se comprometeu a contratar reforços de bom nível para compensar as perdas, principalmente de Alex Sandro (no meio do ano) e de Danilo, que vai se apresentar ao Porto, de Portugal, depois do Mundial de Clubes. "Precisamos de dois laterais qualificados porque vamos brigar por tudo no ano que vem".
O treinador elogiou o esforço da diretoria para impedir a transferência de Neymar para o Real Madrid. "A permanência dele é importante não só para o Santos, mas para o futebol brasileiro também. E mostra que quando se faz a coisa seriamente é possível enfrentar clubes de países fortíssimos. O que aconteceu com relação a Neymar vai virar referência para outros jogadores e para os clubes brasileiros", acredita Muricy.
Sobre a programação que antecede a viagem para o Japão, na noite de 5 de dezembro, Muricy disse que chegou a hora de ser iniciada a preparação do time para o Mundial, com escalação de titulares nos dois jogos com mando do Santos diante do Atlético-GO, na próxima quinta-feira, no Pacaembu, e Bahia, dia 27. As demais partidas, contra Ceará, Coritiba e São Paulo, contarão com reservas.
Ele confirma que Léo e Elano vão viajar com o time para o Japão, mas estão longe do condicionamento físico ideal e só devem voltar a atuar nos dois últimos jogos do Campeonato Brasileiro, contra o Bahia, em local a ser definido, e o São Paulo, provavelmente numa cidade próxima a São Paulo.
O treinador ficou satisfeito com o cancelamento do amistoso no Kuwait no dia 20 de dezembro. "Daria qualquer dinheiro para não ir, mas não interfiro nesse tipo de coisa e entendo o lado do clube. Mas estava na torcida contra o jogo durante as negociações", admitiu.