Deportivo Quito e Huachipato começam a decidir quem enfrentará o São Paulo nas oitavas de final da Copa Sul-Americana apenas no dia 11 de setembro, mas Muricy Ramalho já adiantou que irá poupar o time antes mesmo de saber qual a data do próximo compromisso na competição. A tendência é que o São Paulo volte a campo no torneio internacional apenas em outubro.
Muricy voltou a destacar a preocupação com o desgaste dos jogadores ao longo da temporada. O São Paulo briga também para tentar se aproximar do G4 no Campeonato Brasileiro, mas está na terceira posição, com 33 pontos, a nove do Cruzeiro, líder disparado da competição. Ainda assim, o treinador deixou claro que suas atenções serão mais concentradas na disputa nacional.
"Claro que, mais para frente, nessa viagem vamos tirar muita gente porque será uma viagem terrível, especialmente se for para o Equador. Temos que pensar no grupo de jogadores", disse o treinador. Curiosamente, Quito e Santiago são duas das maiores cidades de Equador e Chile, possíveis destinos do São Paulo na Sul-Americana.
A relação do São Paulo com a Sul-Americana é estranha desde seu nascedouro. O presidente Carlos Miguel Aidar chegou a classificar a competição como "caça-níquel" e Muricy também não é fã da disputa, mas acabou escalando força máxima contra o Criciúma após se reunir com a diretoria. O técnico disse que fará sempre o que for pedido pelo clube.
"Ele é o presidente. Se ele determina que a gente não joga, a gente não joga. O que ele não pode fazer é se intrometer no time. Mas, como ele não falou nada, eu faço o que acho que devo fazer. Tenho que respeitar os jogadores, senão não ficamos bem nem numa competição nem na outra", avisou Muricy.