O técnico Muricy Ramalho e os principais jogadores do Santos não esconderam a decepção com a pequena torcida que compareceu à Vila Belmiro - apenas 5.120 pagantes - na noite de domingo e vaiou impiedosamente o time após o empate por 2 a 2 com o Coritiba, em partida válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.
O que mais incomodou os santistas foi que o time caiu de pé na Libertadores. Os jogadores entendem que merecem maior consideração porque o Santos ganhou um título continental, uma Copa do Brasil e três edições do Campeonato Paulista nos últimos três anos.
"É assim mesmo e a gente não deve estranhar", afirmou Muricy, resignado. "O que foi ganho ficou no passado. Só que a torcida precisa ter paciência porque sem apoio é complicado", acrescentou. O treinador procurou minimizar os protestos, afirmando que não foram todos os torcedores que vaiaram.
Apesar do resultado negativo, Muricy se mostrou otimista. "A desclassificação é recente e ainda dói. Eu estou tranquilo porque já passei por isso. É hora de recuperar os jogadores, que se desgastaram muito ultimamente, e de repor o time na linha".
O que poderá atrapalhar o planejamento santista para o restante da temporada e que enquanto a diretoria pensa em reduzir a alta folha de pagamento e fala que é a Muricy olhar para os jogadores da base, o treinador não abre mão de reforços. "Se eu tivesse bons jogadores na base não precisava de reforços, mas não tem nenhum garoto pronto. Vamos nos reunir na quarta-feira para discutir o que poderá ser feito", concluiu o treinador.