O São Paulo respira cada vez mais aliviado no Campeonato Brasileiro. Na noite desta quarta-feira, no Morumbi, a equipe venceu o Atlético-MG por 1 a 0, chegou a 27 pontos e viu a diferença para a zona de rebaixamento, que antes não existia, ir para três. O Atlético-MG, por sua vez, estacionou nos 28 pontos.
Essa foi a terceira vitória seguida do Tricolor. A terceira após a chegada de Muricy Ramalho ao comando do time de coração. E que coração forte que aguenta tanto nervosismo do treinador à beira do campo. No fim, veio a recompensa: viu os cerca de 28 mil torcedores gritarem seu nome.
Agora, na próxima rodada, São Paulo visita o Goiás, no domingo, às 16h, no Serra Dourada. No mesmo dia, às 18h30, o Atlético recebe o Vasco, no Independência.
O JOGO
Com o incentivo da torcida, o São Paulo começou a partida pressionando o Atlético-MG em seu campo de defesa. O Galo se fechava bem atrás, e o Tricolor encontrava dificuldades para abrir espaços. Aos 10, após ótimo lançamento para Welliton, o goleiro Victor saiu bem do gol e evitou que o atacante saísse livre.
O Atlético-MG quase não conseguia criar. Ronaldinho tentou, assim como Fernandinho, mas sem levar perigo algum para Rogério Ceni. Aos poucos, os visitantes iam se soltando no jogo e ficando mais com a posse de bola.
Quando o confronto estava equilibrado, e até truncado no meio de campo, o São Paulo abriu o placar, em uma bobeada da defesa atleticana. Aos 26 minutos, Luis Fabiano recebeu na direita, fez o giro em cima do marcador e cruzou. O lateral-direito Marcos Rocha cortou para trás, a bola bateu em Victor e sobrou para Welliton, que mandou para o fundo da rede.
Depois de abrir o placar, o Tricolor passou a ser mais cauteloso, enquanto o Galo partiu para o ataque. Fernandinho se movimentava muito e era ótima opção no ataque, assim como Junior Cesar. E foi pelo lado esquerdo que o time quase conseguiu o empate. Jô fez boa jogada e cruzou para Marcos Rocha, que, livre, mandou para fora e perdeu uma chance inacreditável.
No segundo tempo, as equipes voltaram sem alterações. A postura também era igual em relação ao fim da etapa inicial: o São Paulo mais fechado, valorizando a troca de passes, e o Atlético-MG buscando as jogadas pelos lados. Mas o Tricolor tem o técnico Muricy Ramalho, especialista em pontos corridos, que sabe como armar o time para segurar a vitória. Aliás, importantíssima vitória, a terceira seguida da equipe que não sabe o que é perder pontos desde que o treinador assumiu.
O tempo passava e o panorama não mudava. O Galo tomava a iniciativa, sempre pelos lados. Sempre, também, sem levar muito perigo à sólida defesa tricolor. O São Paulo cada vez mais abandonava o ataque, e o Atlético-MG ia trocando passes laterais. Em um dos raros momentos dos mandantes no setor ofensivo, Jadson mandou para fora.
O atual campeão da Libertadores encontrava-se sem alternativas. Quando tentava infiltrar na defesa tricolor, era barrado pelos monstros Denilson, Antonio Carlos e Rodrigo Caio, além de Paulo Miranda e Reinaldo, que fechavam os espaços pelos lados. O técnico Cuca colocou Leandro Donizete, Luan e Dátolo, mas nada adiantava.
Aos poucos, a pressão atleticana diminuía. Muito por conta de Ganso, que soube cadenciar a bola no meio de campo. Mais ainda em razão do nervosismo dos jogadores do Galo.
Confusões, cartões amarelos para ambos os lados, e o cronômetro rodando. O fim de jogo foi de deixar qualquer torcedor aflito. Mas a aflição deu lugar à felicidade para os são-paulinos.