Após reunião com representantes da FPF (Federação Paulista de Futebol), o Ministério Público decidiu manter a recomendação para que o futebol seja paralisado, pelo menos até o final do mês. O encontro virtual aconteceu na noite desta segunda-feira (15).
"O Comitê de Crise de Enfrentamento à Covid do Ministério Público do Estado de São Paulo se reuniu nesta noite (15) com a Federação Paulista de Futebol. O procurador-geral Mário Sarrubbo respeita os argumentos apresentados, no entanto, mantém o endosso à recomendação do Comitê de Crise pela não manutenção do futebol e qualquer esporte coletivo durante a Fase Emergencial do Plano São Paulo. Após os 15 dias, é justo que se reavalie os números da pandemia", diz a nota pelo Ministério Público.
A reportagem apurou que os dirigentes do futebol paulista desejam uma nova conversa nesta terça, mas questionada sobre o assunto, a assessoria do Ministério Público afirma que Sarrubbo considera o "assunto encerrado."
A preocupação do procurador-geral é o que vê como uma situação extrema no sistema de saúde do estado.
Desde a última quinta-feira (11), quando o governador João Doria (PSDB) anunciou o aumento de restrições no estado para combater a pandemia (que suspendeu o futebol a partir desta segunda até o próximo dia 30), dirigentes de clubes e da Federação pressionam para reverter a decisão.
Doria não se mostrou totalmente contrário a liberar o campeonato estadual, mas sinalizou que o faria apenas se o Ministério Público retirasse a recomendação para a suspensão das atividades esportivas. Por isso aconteceu o encontro virtual.
Se quiser dar prosseguimento ao Campeonato Paulista, a Federação terá de levar os jogos para outro estado. A partida desta quarta-feira (17), entre Palmeiras e São Bento, acontecerá em Belo Horizonte. A possibilidade de tirar as partidas de São Paulo era um dos argumentos de pressão usados.
Os clubes reclamam que o protocolo sanitário implantado no ano passado no futebol teve as bençãos do governo do estado e foi assinado pelo Ministério Público.
Nesta terça (15), os cartolas devem insistir com o governo do estado para pedir nova revisão da restrição.