No começo deste ano, o atacante Kleber Gladiador entrou na justiça contra o Grêmio para reaver salários atrasados. Na semana passada, saiu a liminar que Kleber havia conquistado a rescisão de contrato com o clube gaúcho. Nesta segunda-feira, Gladiador foi surpreendido com a notícia de que Felipão havia pedido demissão do Grêmio. Neste intervalo de cinco meses, Kleber, após voltar de empréstimo do Vasco no começo de 2015, não entrou em campo sequer uma vez. O motivo: briga antiga com Felipão.
"Quando entrei [com o processo] contra o clube, tinha imagem e carteira atrasada. O que me fez voltar pro Grêmio foi até isso, poder reivindicar de perto meu direito. Sabendo que se eu ficasse no Vasco, não receberia, porque quando o clube empresta o jogador, para de pagar porque já não faz parte mais do seu grupo. Voltei pra reivindicar sabendo que eu não iria jogar, sabendo do problema no Palmeiras com o Felipão. Pepe, meu empresário, conversou com a diretoria e a diretoria deixou claro que o problema era só com o treinador", revelou o Gladiador, ao 'Seleção SporTV'.
Além de não estar jogando, Kleber continuava não recebendo pelo Grêmio. "Respeito a decisão do treinador, e fiquei treinando afastado até o momento que não deu mais. Você já não está jogando, não está trabalhando, não está recebendo, estava prejudicando meu futuro. Não vou conseguir jogar em um outro clube por não estar trabalhando em alto nível. Não tomei essa decisão de entrar na justiça por causa dos salários. Já tive várias motivos pra ter entrado na justiça e nunca entrei. Além de não estar jogando e treinando por ordem do treinador, então não tive escolha", explicou o atacante.
A briga entre Felipão e Kléber ocorreu em 2011, quando ambos estavam no Palmeiras. Naquela época, o jogador foi afastado do elenco. "O Felipão no Palmeiras é ídolo. Eu tenho consciência disso, não só eu, todos jogadores, todos sabem do ídolo que ele é, da força e da moral que ele tem. Felipão falava no Palmeiras e era lei. Eu não consegui aceitar bem quando o treinador deu uma entrevista falando que era time de casado contra solteiros, e tudo isso caía em cima dos jogadores. Não consegui concordar e assimilar. Nossa briga foi por causa disso, porque eu não concordava. Quando a gente entrava no estádio, sentia que a torcida do Palmeiras estava contra a gente. E eu achava que isso tinha a ver com as declarações dele", finalizou.