Na falta de atrativos interessantes na primeira fase do Campeonato Paulista, vale buscar metas coletivas que transformem a competição em algo mais atraente. Para o São Paulo, dá para dizer que vencer a Ponte Preta, neste domingo, às 17 horas, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pela sétima rodada, terá valor para marcar a primeira vitória do time tricolor fora de casa. Um objetivo bastante modesto, é verdade, mas condizente com a enfadonha fase inicial.
Se quiser encontrar mais um ingrediente na tentativa de transformar o duelo em algo mais palatável, vale também lembrar que a rival interrompeu a caminhada são-paulina na Copa Sul-Americana do ano passado na semifinal. Vencer, portanto, pode ser um troco tardio e ajuda a complicar a vida do adversário na competição.
Até aqui, o São Paulo saiu do Morumbi duas vezes e foi derrotado por Bragantino e Palmeiras. Em comum, além do placar (2 a 0), ficou a marca da apatia dos jogadores diante de rivais mais organizados e empolgados por jogarem em casa. Como o jogo diante do Paulista - primeiro após a queda no clássico contra o time alviverde - foi em território são-paulino, fica difícil avaliar se as broncas do técnico Muricy Ramalho surtiram efeito no grupo.
E pelo que deixou a entender nas últimas entrevistas, o treinador deve mandar a campo uma equipe reserva ou, no melhor dos cenários, mista, para enfrentar a Ponte Preta. Muricy Ramalho reconhece que o grupo está fisicamente longe do ideal e deve dar descanso aos titulares para também observar os demais atletas do grupo.
Dentre os jogadores que mais preocupam o treinador estão Paulo Henrique Ganso, agora sem uma "sombra", já que Jadson está de saída para o Corinthians, e Luis Fabiano, que disputou todos os jogos e inspira cuidados pelo histórico de lesões ao longo da carreira.
Ao menos duas estreias devem acontecer. Pabon e Souza, contratados recentemente e liberados para atuar, estão entre os relacionados e devem ter oportunidade. "Estou bem. Não joguei pelo Grêmio esse ano por causa da negociação, mas fiz a pré-temporada toda. O que falta é ritmo de jogo, mas isso só jogando e dando sequência. O grupo me recebeu muito bem e as coisas têm sido facilitadas", afirmou o volante.