Aos 32 anos, o tenista Fernando Meligeni viveu na véspera da partida desta sexta-feira, contra o americano Jeffrey Morrison, válida pelas quartas-de-final do torneio de simples do Pan de Santo Domingo, uma experiência que não lhe trazia boas lembranças. Felizmente, o final foi diferente e Fininho garantiu ao menos o bronze ao vencer por 6/3 e 6/4, classificando-se às semifinais.
Há sete anos, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, o jogador ficou com o gostinho da medalha na boca ao perder para o indiano Leander Paes na disputa do bronze. "Estava nervoso na noite de ontem (quinta-feira), na expectativa do que iria acontecer. Não queria passar por aquela sensação novamente. Foi muito duro. É difícil chegar perto e não conseguir. Eu merecia essa medalha. Estou muito contente por ter garantido o bronze e estou vivo para coisas maiores", comentou Meligeni, muito feliz, após a partida.
Resta pelo menos mais um jogo para Fininho em sua carreira, já que o jogador anunciou sua aposentadoria após a participação no Pan 2003. Desde que chegou à República Dominicana, o tenista tem procurado curtir ao máximo cada momento. "Eu podia estar em Angra dos Reis velejando com o meu pai (Osvaldo), mas preferi defender meu país. A gente joga um esporte individual que depende do grupo. Por isso, todos têm participação nesta medalha. Mas a maioria é minha", brincou. "O mais gostoso está sendo a convivência dentro da Vila. Todos me perguntam se vou parar mesmo. Esse carinho é o que vou levar daqui", completou Meligeni, entusiasmado.
Sobre o próximo adversário da semifinal, o venezuelano Jose de Armas, que eliminou o americano Alex Bogomolov por 2 sets a 1 (2/6, 6/2 e 6/3) nesta sexta-feira, Meligeni foi só elogios. "Conheço bem ele apesar de nunca tê-lo enfrentado. Vamos ver o que acontece. Estou aspirando coisas maiores dentro do torneio e o ouro é o meu objetivo desde quando saí do Brasil. Ele é um tenista muito completo, técnico, de bom jogo de fundo de quadra, que também sabe sacar e volear bem", explicou o atleta.
Ele acrescentou que gostaria de enfrentar o chileno Marcelo Ríos, ex-número 1 do mundo e atual 42° o ranking da ATP, na final. "Seria um sonho jogar contra ele", finalizou o semifinalista de Roland Garros 99, que pretende investir nas categorias de base do tênis após sua aposentadoria.
Informações Agência Brasil