O presidente da CBF, José Maria Marin, voltou a negar que tenha demitido o técnico Luiz Felipe Scolari da seleção brasileira e ressaltou que a decisão de trocar o comando da equipe foi tomada após o próprio treinador manifestar o seu desejo de não permanecer mais à frente da equipe. "Foi o Felipe quem manifestou espontaneamente (o desejo de sair)", afirmou, evitando comentar se decidiu não seguir mais com o treinador depois das derrotas nos últimos compromissos da equipe na Copa do Mundo.
A declaração de Marin foi dada em entrevista coletiva no Rio, em que o dirigente anunciou e também apresentou Gilmar Rinaldi como novo coordenador de seleções da CBF. O nome do substituto de Felipão ainda não foi definido, mas o presidente da confederação explicou que espera revelar o novo nome até a próxima terça-feira.
Felipão foi o escolhido para dirigir a seleção no final de 2012 por Marin, para suceder Mano Menezes, demitido pelo próprio presidente da CBF. O treinador conduziu o Brasil ao título da Copa das Confederações no ano passado, mas fracassou na Copa do Mundo, com derrotas acachapantes para a Alemanha, nas semifinais, por 7 a 1, e também para a Holanda, na disputa do terceiro lugar, por 3 a 0.
Na última segunda-feira, Marin anunciou, através de nota publicada no site da CBF, a saída de Felipão. No comunicado, o dirigente fez agradecimentos ao trabalho desenvolvido pelo técnico, que teria, na sua visão, sido fundamental para uma suposta reconquista do orgulho dos torcedores em relação à seleção.
Nesta quinta-feira, então, Marin, adotou tom parecido, mas se recusou a comentar o desempenho do Brasil na Copa. "Só tenho palavras de agradecimento ao Felipão e aos jogadores que fizeram parte dessa Copa. Não vou discutir parte técnica porque tudo já foi dito pelo Felipão. Para mim, isso é pagina virada, vamos pensar no presente e no futuro", disse.
Marin também garantiu que o convívio com Felipão lhe rendeu mais uma amizade, exaltando o caráter do treinador. "Quanto à pessoa do Felipe, mais do que nunca tenho a maior admiração como homem cidadão e profissional. Assumiu a responsabilidade e colocou os interesses do Brasil acima de tudo. Só fez crescer a minha admiração por ele", concluiu o presidente da CBF.