Futebol

Mano minimiza risco e diz que precisa avaliar jovens

29 out 2010 às 13:51

O técnico Mano Menezes avaliou que convocar jogadores experientes e consagrados, como o goleiro Julio Cesar, o lateral-direito Maicon e o zagueiro Lúcio, seria uma decisão fácil para que o Brasil tivesse mais chances de vencer a Argentina. Porém, não contribuiria para a renovação da seleção brasileira, iniciada após o fracasso na Copa do Mundo da África do Sul.

"Quando disse que a base seria mantida era por isso. Seria cômodo trazer jogadores com maior rodagem, traria mais segurança, mas não estou atras da segurança para o técnico. Preciso formar conceitos sobre os jogadores. Entendo que um jogo desse nível é fundamental para isso", afirmou.


Assim como nas três convocações anteriores, Mano Menezes voltou a apostar em jogadores jovens, como o meia Phillipe Coutinho e o atacante André, descartando atletas veteranos e que participaram da última Copa do Mundo. De acordo com o técnico, o período de afastamento será positivo quando os jogadores experientes voltarem a defender o Brasil.


"Entendo que quando você permanece muito em um lugar, existe um incômodo com pequenos detalhes, que não é bom. Isso gera um ambiente, um sentimento que não é bom para os novos. Essa ausência momentânea os fazem esquecer os detalhes e quando voltarem acharão tudo muito bom. Isso vai acontecer, são grandes profissionais, devem estar querendo voltar um pouco, com saudade", disse.


Mano avaliou que a seleção argentina está mais pronta do que o Brasil para o amistoso, mas não descartou a chance de vencer o jogo em Doha, no dia 17 de novembro. "O momento deles está adiantado, com jogadores que já jogaram Copa. Na projeção para 2014, parece que nós levamos alguma vantagem, nossa probabilidade é maior com esse grupo de jogadores. Jogadores como Zanetti vão ter dificuldade para jogar a Copa. Para um lado nos favorece, vale esse risco. Isso não quer dizer que não temos condições de vencer", analisou.


Mano garantiu não se sentir pressionado para o amistoso com a Argentina, apesar de reconhecer que este é o seu compromisso mais importante no comando da seleção brasileira. "Não sei como é jogar com a Argentina, mas não tenho dificuldade para dormir porque trabalho forte no que precisamos para ter a segurança do que a seleção pode produzir. Não é determinante, mas é importante como referência", comentou.

O treinador previu um jogo muito disputado entre Brasil e Argentina e apostou que a seleção sofrerá com a forte marcação. "Tem meio-de-campo forte, com Cambiasso, Mascherano e Banega, uma forte chegada no ataque, com Messi, Tevez e Higuaín, marcação da intermediária pra trás e vai propor um jogo muito duro. Temos que estar preparados para o enfrentamento, mostrar o que estamos fazendo de diferente", disse.


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