Após comandar nesta manhã de terça-feira o último treino de preparação da seleção brasileira para o duelo de volta contra a Argentina, pelo Superclássico das Américas, o técnico Mano Menezes foi questionado sobre a grande fase vivida por Fred e Diego Cavalieri no Fluminense, que não foram chamados para este confronto de quarta, em Resistência (ARG), e também ficaram fora da lista de convocados para os amistosos contra Iraque e Japão, marcados para este mês.
E, ao abordar o tema, o treinador sequer citou o nome do atacante, mas elogiou a postura que vem sendo exibida pelo goleiro do time carioca, que tem evitado criticar a sua ausência das listas do comandante.
No final de agosto, decepcionado por ter ficado fora de uma das convocações de Mano, Fred chegou a dizer que se recusaria a atuar pela seleção enquanto o técnico estivesse no comando, mas depois voltou atrás em suas declarações. O treinador, porém, parece ainda não ter digerido a atitude do artilheiro isolado do Campeonato Brasileiro.
Ao ser questionado sobre a situação de Fred e Cavalieri, Mano deixou claro que as portas da seleção estão abertas para o goleiro. "A postura dele tem sido brilhante como profissional, sabendo como as coisas do futebol funcionam. Ele vem sendo um dos principais goleiros senão o principal deste Brasileirão. Não tenho predisposição a deixar ninguém de fora da seleção. Vale para ele o que vale para todo mundo. Se o Cavalieri for melhor, vai ter oportunidade como tantos outros", garantiu.
Em seguida, porém, ao ser interpelado por um repórter que questionou o motivo de não ter falado sobre Fred em sua resposta anterior na entrevista coletiva desta terça, o técnico da seleção rebateu: "Eu falei exatamente do jeito que eu queria falar".
Mano admitiu ter assistido ao clássico entre Fluminense e Flamengo, no último domingo, quando Fred deu a vitória por 1 a 0 ao time tricolor com um belo gol de voleio. O técnico, entretanto, enfatizou que não pode se basear apenas no desempenho de um ou outro confronto para garantir o retorno do atacante à seleção.
"Em relação ao clássico, é claro que eu assisti. As pessoas pensam que você se predispõe a não ver os méritos dos outros, e é bom que seja assim, pois assim você pode escolher. Só não pode a cada semana querer que um novo nome vá para a seleção brasileira. Precisa ter cuidado", opinou.