O Manchester United informou ter gasto US$ 8,4 milhões (aproximadamente R$ 19,3 milhões) na rescisão dos contratos do técnico David Moyes e dos seus assistentes durante a sua primeira temporada no cargo. A revelação foi realizada no seu relatório financeiro anual, em que o clube prevê uma queda de cerca de US$ 80 milhões (R$ 184 milhões) por não participar de competições europeias na atual temporada.
Moyes perdeu o emprego depois de 10 meses como sucessor de Alex Ferguson. O Manchester terminou em sétimo no Campeonato Inglês da temporada passada, um ano depois de conquistar o seu 20º título nacional. No relatório, o clube explica que gastou US$ 8,4 milhões "no pagamento de indenização pela rescisão do contrato do ex-treinador e de alguns membros do seu grupo de assistentes".
Após Ryan Giggs assumir o time interinamente na reta final da temporada passada, Louis van Gaal foi contratado, mas não ganhou em seus primeiros quatro jogos, incluindo uma derrota humilhante para um clube da terceira divisão na Copa da Liga Inglesa.
Mesmo assim, o Manchester, de propriedade da família Glazer e listado na Bolsa de Nova York, ainda é um sucesso comercial, com aumento da receita na temporada 2013/2014 em 19% em relação ao ano fiscal anterior para alcançar US$ 699 milhões (R$ 1,604 bilhões). No entanto, na atual temporada, a receita deve sofrer uma queda de mais de 10%, para US$ 619 milhões (R$ 1,421 bilhão), de acordo com a previsão do clube.
Desde o final do ano fiscal, o Manchester já gastou cerca de US$ 250 milhões (R$ 574 milhões) em reforços, incluindo a milionária aquisição do argentino Ángel di María junto ao Real Madrid, a maior da história do futebol inglês, por US$ 99 milhões (R$ 227 milhões).
"Com Louis van Gaal no comando como treinador, e as recentes contratações de alguns dos melhores jogadores do mundo para fortalecer nosso elenco, estamos muito esperançosos para o futuro e acredito que é o início de uma nova capítulo na história do clube", disse o vice-diretor do conselho do Manchester, Ed Woodward.