Em meio ao clima festivo que marcou o embarque do São Paulo para a Colômbia, onde o time enfrenta o Atlético Nacional na quarta-feira, um jogador destoava. Longe de sua melhor fase, o atacante Luis Fabiano chegou ao aeroporto de Guarulhos, nesta segunda-feira, com cara fechada e se recusou a dar entrevistas.
O momento do jogador não é dos melhores. Ele deve atuar diante do Atlético Nacional, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana, mas ficou de fora da vitória por 2 a 1 sobre a Portuguesa, sábado, pelo Brasileirão, e viu um de seus concorrentes por posição, Aloísio, marcar mais um gol e aumentar sua boa sequência na equipe.
O técnico Muricy Ramalho cobrou mais vontade de Luis Fabiano, comparando o mau momento do jogador com o vivido por Paulo Henrique Ganso até semanas atrás, o que teria desagradado o atacante. Seus companheiros, no entanto, fizeram questão de colocar panos quentes na situação.
"O Muricy não cobra mais ele do que os outros. O Luis Fabiano é um jogador importante para o grupo e sempre nos ajuda", apontou Rogério Ceni, que preferiu projetar a continuidade da boa fase do São Paulo. "Temos que adiar o máximo possível essa derrota. Quando mais longe a gente for perder é melhor para o time", disse, sobre a série invicta atual da equipe, que já dura nove partidas.
O volante Wellington seguiu na mesma linha do capitão são-paulino e apostou que Luis Fabiano voltará a dar alegria ao torcedor em breve. "É um jogador importante e vai nos ajudar muito lá na Colômbia", comentou.
Em meio à repercussão sobre Luis Fabiano, a torcida são-paulina compareceu ao aeroporto e fez festa para os jogadores, principalmente Rogério Ceni e Aloísio, além do técnico Muricy Ramalho. Depois de vencer por 3 a 2 na partida de ida, o São Paulo precisa apenas de um empate na quarta para garantir vaga na semifinal da Sul-Americana.