Leila Pereira, presidente do Palmeiras, se mostrou muito insatisfeita com o acordo feito pelo São Paulo com o Tribunal de Justiça Desportiva.
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"Quando ele [Abel] comete alguns excessos, ele é punido por isso. Isso que é importante, porque recentemente aconteceu um fato com um rival nosso e, o que nós esperávamos, era um julgamento, que eles fossem punidos, assim como o Abel sempre é punido", pontuou Leila durante participação não programa Mais Você.
"O que não pode acontecer são pedidos de desculpas falsos. Isso abre precedentes complicados, porque é só você pagar uma multa e está tudo bem. Fiquei muito revoltada com o acordo que fizeram. Eu esperava que os dirigentes e os jogadores fossem julgados como o Abel e o Palmeiras sempre é", completou.
Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, fez um vídeo pedindo desculpas nove dias após ele ter chamado Abel de 'português de merd*'. O TJD homologou um acordo com o clube em troca de liberar os jogadores de julgamento e punição.
O Palmeiras não pode processar criminalmente o Belmonte, mas Abel Ferreira sim. O clube colocou o seu corpo jurídico à disposição do treinador para um possível processo contra Belmonte.
ACORDO ENTRE SÃO PAULO E TJD
Foi homologado o acordo entre TJD e São Paulo na última terça-feira (12). Ficou decidido que o Tricolor arcará com um prejuízo de cerca de R$ 200 mil. Neste caso, os três dirigentes, os três atletas e o membro da comissão técnica que haviam sido denunciados não serão julgados e punidos.
O presidente Julio Casares, Carlos Belmonte, além do diretor-adjunto Fernando Bracalle Ambrogi, conhecido como Chapecó, foram enquadrados no Artigo 258, Parágrafo 2 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e poderiam pegar até 180 dias de gancho.
Casares, Belmonte e Chapecó pagarão a multa dos seus próprios bolsos. Já as indenizações de Calleri, Rafinha e Wellington Rato, também citados, serão pagas pelo São Paulo. A equipe ainda arcará com a multa do auxiliar técnico Estéphano Djian, que estava envolvido no caso.