Futebol

Lahm aponta os detalhes do massacre alemão sobre o Brasil

12 set 2014 às 14:22

Agora aposentado da seleção alemã, o lateral-direito do Bayern de Munique Philipp Lahm, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net, explicou os motivos que o levaram a deixar a equipe com apenas 30 anos.

Exaltou toda cordialidade e hospitalidade do povo brasileiro, deixou claro que não precisa dar conselhos para o Brasil retomar o caminho das glórias após a goleada sofrida por 7 a 1 para a Alemanha, mas... Afirmou também que jamais imaginava vencer a Seleção Brasileira num Mundial - quanto mais quando se tratava da anfitriã - da forma como aconteceu.


Neste sábado, dia 13, o tetracampeonato mundial da Alemanha completa dois meses. A seleção venceu por 1 a 0 a Argentina, no Maracanã, na final da Copa do Mundo de 2014. O meia Götze, no segundo tempo da prorrogação, foi o autor do gol do título.


- É claro que este era um jogo especial (Brasil x Alemanha). E foi um resultado surpreendente, porque você nunca espera marcar sete gols durante uma partida de Copa do Mundo. Ninguém imagina o seu adversário cometendo erros que normalmente não acontecem neste nível. Acho que foi uma mistura de pressão por ser o anfitrião e também individual, bem como erros táticos que levaram a esse resultado. Foi uma sensação de pressão. E aquele não era o jeito que queríamos nos despedir do país anfitrião - disse Lahm.


Aposentadoria da seleção:


- Tudo tem o seu tempo. Joguei pela seleção alemã por dez anos. E eu senti que era o suficiente. Durante os últimos anos como capitão eu tive vários trabalhos e deveres. Eu gostei muito de estar no comando e colocar as minhas experiências. Eu quero passar mais tempo com minha família e foi importante para mim terminar a minha carreira na seleção em um ponto no qual eu poderia tomar uma decisão livre. Então eu decidi por essa saída cerca de um ano atrás, para deixar a equipe nacional após a Copa do Mundo no Brasil. E não importava o resultado final. Mas sair como um campeão do mundo é, naturalmente, como um sonho.


- É claro que as imagens do Maracanã, quando segurei a taça durante a cerimônia de premiação... Os fãs em delírio, os abraços com os meus colegas de equipe e do impressionante estádio. Mas também vou levar esse sentimento, de celebrar as pessoas, a atitude positiva do país, apesar de todos os problemas que eles têm de lidar.


Conselhos para o Brasil?

- Estou certo de que o Brasil não precisa do meu conselho para voltar a jogar um grande futebol. Sinto-me lisonjeado, mas há muitas de pessoas capazes e competentes no Brasil, e acho que o país vai encontrar seu caminho. A equipe é uma formação dinâmica e existem sempre diferentes fases de um processo de desenvolvimento. Às vezes, um grande torneio acontece na hora errada. Eles são uma das quatro principais nações do mundo. É claro que há coisas que podem ser feitas de uma forma melhor, mas ainda estamos falando sobre a seleção que é de uma grande nação de futebol!


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