Apresentando oficialmente nesta quinta-feira, Gilson Kleina não perdeu tempo e aproveitou seus primeiros contatos com o grupo palmeirense para fazer testes no time e motivar o elenco, abatido pela má fase no Brasileirão.
Em sua primeira coletiva como treinador do Palmeiras, Kleina citou a Arrancada Heroica, que completou 70 anos nesta quinta, para estimular o orgulho dos jogadores. O episódio, em 1942, marcou a mudança do nome de Palestra para Palmeiras e consolidou o clube, então ameaçado pelo governo brasileiro por fazer alusão à Itália, inimiga dos Aliados no contexto da Segunda Guerra Mundial.
"Esta é uma oportunidade ímpar", afirmou o técnico, ao chegar ao maior clube que já comandou na carreira. "Não resta nenhuma dúvida de que é uma tarde diferente, mas não quero ser o artista. Quero passar a maior tranquilidade para os jogadores e alegria para a torcida. Quem sabe não está coincidindo para termos uma nova Arrancada Heroica?", comentou o treinador.
Em uma avaliação inicial do elenco palmeirense, Kleina afirmou que o grupo está ansioso, diante da sequência negativa das últimas rodadas. "Pelo treinamento, vi que tem muita ansiedade. Temos que ter tranquilidade para chegar na área, ter ousadia. Vamos simplificar. Vamos trabalhar a casa de trás para a frente, para voltar a ser forte", pregou.
"Vejo no semblante dos jogadores muita vontade de sair dessa situação. Vamos fazer a diferença. Não creio que seja problema técnico, de estrutura... Foi uma somatória. Falei para eles que trabalho de uma forma que jogador tem que ter alma. Não temos que jogar pelo campeonato, tem que ser um jogo de cada vez", afirmou.
Kleina adiantou que o primeiro passo será recuperar a confiança do elenco. "É um elenco qualificado, jogadores com currículo espetacular. O último grito de campeão no País foi do Palmeiras. Procuramos passar a confiança para os atletas. Tem que ter a confiança das jogadas. Futebol tem que ter equilíbrio do começo ao fim, organização".
"Nosso primeiro objetivo é tirar o time desta situação desconfortável. Tenho convicção [de que isso é possível], pela confiança nos jogadores, pelo trabalho", completou.