O presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, disparou contra a CBF após a eliminação da sua equipe nas oitavas de final da Copa do Brasil com o empate por 2 a 2 com o Botafogo, no Independência, na noite de quarta-feira. O dirigente atleticano insinuou que os clubes cariocas se aproveitam da proximidade com a CBF, que tem sua sede no Rio, para influenciar as arbitragens.
"A verdade é que no Rio de Janeiro não precisa pagar salário. É só botar um engravatado no meio dos babacas da CBF para fazer o que fez aqui. Vão entrar de greve, com quatro meses de salários atrasados, mas não precisam pagar nada, precisam é de um engravatado", disse.
As reclamações do Atlético-MG em relação ao árbitro Wilton Pereira Sampaio se concentram em dois lances. No primeiro tempo, o goiano advertiu o zagueiro Bolívar com o cartão amarelo após cometer falta em Fernandinho, que seguia em direção ao gol, na entrada da grande área - os jogadores queriam que o botafoguense fosse expulso. Além disso, o time mineiro entende que Jô sofreu pênalti, não marcado, no segundo tempo.
O técnico Cuca, porém, evitou criticar o árbitro e preferiu concentrar os seus comentários na atuação do Atlético-MG. Ele destacou que o time dominou completamente o primeiro tempo, que terminou com o placar favorável de 1 a 0, mas não conseguiu manter o nível na etapa final.
"No primeiro tempo jogamos muito bem. O Botafogo não teve nenhuma chance. Fizemos um gol. Ele fizeram uma jogada pelo lado esquerdo no início do segundo tempo e marcaram. Levantamos a cabeça e fizemos o segundo gol. O jogo ficou emocionante, mas tomamos o segundo em uma bola despretensiosa", disse.
Eliminado na Copa do Brasil, o Atlético-MG agora volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro. O time, que está apenas em 12º lugar, vai enfrentar o Goiás, sábado, no Serra Dourada, em partida válida pela 17ª rodada.