A dívida do São Paulo relativa à contratação de Jorginho Paulista em 2002 segue causando reflexos na gestão de Carlos Miguel Aidar. Segundo informação do site da ESPN confirmada pelo LANCE!, a Justiça penhorou o valor devido à empresa que teria intermediado a chegada de Jorginho há 13 anos da quantia que o Tricolor receberá do Valencia (ESP) pela venda de Rodrigo Caio.
O negócio com o time espanhol foi selado na última sexta-feira e deve render R$ 39,6 milhões para os cofres do Morumbi. A decisão do juiz Christopher Alexander Roisin por penhorar parte do valor foi tomada três dias depois e avisa que os valores que serão "futuramente transferidos" pelo Valencia terão R$ R$ 3.119.479,69 bloqueados pela Justiça.
No São Paulo, ninguém ainda confirma a notificação do processo, visto como algo natural. Para o clube, a empresa credora apenas fortaleceu suas garantias de que receberá o pagamento. O Tricolor assegura que, como foi derrotado nos tribunais, não tem razão para tentar alguma manobra e muito menos esperar a Justiça para que a dívida seja quitada.
A ideia dos tricolores é resolver o problema sem que o mecanismo da penhora seja ativado. Para isso, porém, o clube terá de esperar. Rodrigo Caio viaja nesta semana para a Espanha para fazer exames médicos, assinar contrato e, só então, o dinheiro do Valencia poderá ser transferido. Não há estimativa de quanto tempo tal processo irá demorar.
O São Paulo chegou a anunciar que usaria a renda de duelo com o Cruzeiro pela Copa Libertadores da América para compor o montante e quitar a dívida, mas a crise financeira no Morumbi atrapalhou os planos. Como pretende não comprometer rendas futuras e nem fazer empréstimos bancários, o pagamento à Prazan só deve acontecer quando a multa pela venda de Rodrigo Caio chegar ao Morumbi.