Após parecer da perícia feita no local, atestando o cumprimento das medidas de segurança pela construtora Andrade Gutierrez, a Justiça do Trabalho liberou na tarde desta quarta-feira a retomada das obras na Arena Amazônia. O estádio em Manaus, uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014, estava parcialmente interditado desde sábado, quando aconteceu a morte do operário Marcleudo de Melo Ferreira, de 22 anos, que caiu enquanto trabalhava na montagem da cobertura.
A perícia começou na segunda-feira e só terminou na manhã desta quarta. Foi feita por dois peritos judiciais, acompanhados por um representante do Ministério Público do Trabalho e três da Andrade Gutierrez. Como a construtora atendeu as recomendações de segurança, a juíza Margarete Dantas Pereira Duque liberou a retomada das obras - ela determinou, porém, que os trabalhos na cobertura sejam suspensos durante o período noturno, quando ocorreu o acidente com Marcleudo.
Por conta do acidente e da interdição, a conclusão do estádio sofrerá atraso. "A partir da agora, nós vamos discutir com a Andrade Gutierrez para refazer o cronograma (da Arena Amazônia), reprogramar o que falta ser feito, para, então, determinarmos novos prazos de entrega", afirmou Miguel Capobiango Neto, coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP COPA), órgão estadual que fiscaliza as obras de Manaus para receber o Mundial no ano que vem.
A Arena Amazônia é um dos seis estádios que ainda faltam ser entregues para a realização da Copa de 2014, junto com as sedes de São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Natal e Cuiabá. A cidade de Manaus receberá apenas quatro jogos do Mundial, todos válidos pela primeira fase da competição: Inglaterra x Itália, Camarões x Croácia, Estados Unidos x Portugal e Honduras x Suíça.