Futebol

Justiça determina volta de jovem promessa ao São Paulo

06 fev 2010 às 18:46

O São Paulo obteve mais uma vitória contra as jovens promessas que pedem nulidade de seus contratos com o clube na Justiça do Trabalho. Depois de garantir que os compromissos do lateral-esquerdo Diogo, de 20 anos, e do meia Oscar, de 18, têm validade, nesta sexta-feira foi a vez de o departamento jurídico são-paulino reverter decisão que deixava Lucas Piazon, de 16 anos, livre de seu vínculo com o clube.

A Agência Estado teve acesso à decisão da desembargadora Sonia Maria Forster do Amaral, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Ela revogou liminar para Lucas, permitindo que o São Paulo registre o contrato assinado pelos pais do atleta, quando ele tinha 14 anos, na Federação Paulista de Futebol e na Confederação Brasileira de Futebol. O vínculo já deveria estar em vigor desde o dia 20 de janeiro, data do aniversário de 16 anos do meia, que teve destaque na seleção brasileira sub-17. Ainda não há, porém, uma decisão definitiva do caso.


"É um processo inédito na Justiça brasileira. Nunca havia sido discutido um assunto tão complexo", definiu Carlos Eduardo Ambiel, advogado do São Paulo. "O clube há mais de cinco anos faz contratos de aprendizagem com os garotos e negocia com seus pais uma garantia quando eles se tornarem profissionais. O jogador não está preso, pode ir embora se quiser. Só não pode rasgar o contrato. Precisa pagar uma multa, que é uma forma de resguardar o clube formador."


No entendimento da desembargadora, Lucas não será prejudicado se aguardar até o julgamento final do processo. "A celebração de contrato de trabalho para o futuro, como fizeram as partes, não infringiu qualquer disposição legal", assegurou a magistrada. "E o tempo de espera não será determinante na sua carreira profissional, até porque o próprio jogador diz que jogar no clube é a realização de um sonho."


DIOGO PERDE OUTRA Os advogados do lateral Diogo entraram pela quarta vez com pedido de liminar para liberar o jogador do contrato com o São Paulo. Alegam que ele teria vínculo de mais de cinco anos com o clube, o que é ilegal. Mas perderam de novo na Justiça do Trabalho na última quinta.

Assim, o clube espera que o jogador se apresente para voltar a treinar, assim como Oscar já fez. O departamento jurídico são-paulino descarta medidas judiciais pedindo abandono de emprego por parte do atleta. "Tudo o que queremos é que ele volte a jogar. Não vamos desistir dele", disse Ambiel.


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