O árbitro Florian Meyer defendeu sua decisão de não validar um gol para o Borussia Dortmund na final da Copa da Alemanha, no último sábado, apesar de replays indicarem que a bola cruzou a linha. "Na sequência real dos eventos, não foi perceptível, sem dúvida, tanto para meus assistentes como para mim mesmo, se a bola cruzou a linha ou não. Por isso, decidi deixar o jogo continuar", disse Meyer, neste domingo, em declaração divulgada pela Federação Alemã de Futebol.
A bola cabeceada por Mats Hummels foi cortada, ao que parece, após ultrapassar a linha da meta pelo brasileiro Dante, do Bayern de Munique, aos 19 minutos do segundo tempo, quando a partida esta empatada por 0 a 0. O gol, porém, não foi validado e o Bayern acabou vencendo a final por 2 a 0 na prorrogação.
O diretor de mídia da federação, Ralf Koettker, rejeitou sugestões de que o gol inicialmente foi concedido pelo bandeirinha. "Meyer não anulou seu assistente, também não houve diferença na percepção da situação. Não houve nenhum sinal de gol na linha lateral, quer pela bandeira ou pelo fone de ouvido", disse.
O treinador do Dortmund, Jürgen Klopp, protestou contra a decisão. "Se Dante conseguiu cortar antes da linha que ele estava com um pé, com sua perna na linha e a outra atrás da linha, ele poderia fazer um número com o Cirque du Soleil", disse. "Isso tem que ser visto mesmo sem a tecnologia na linha do gol". E o técnico do Bayern, Pep Guardiola, reconheceu que "teria mudado tudo" se o gol tivesse sido validado.
O incidente reacendeu o debate na Alemanha sobre a tecnologia na linha do gol, que foi rejeitada pela maioria dos clubes da primeira e segunda divisões em março. Na época, Dortmund e Bayern votaram a favor da tecnologia.