O ex-presidente da CBF José Maria Marin já gastou R$ 1,9 milhão em sua defesa, segundo informações da coluna 'Painel FC', do jornal 'Folha de S.Paulo', publicadas nesta terça-feira. Segundo a publicação, mais da metade desse valor teria sido gasto só para evitar a extradição do brasileiro para os Estados Unidos. A Justiça norte-americana tem até esta sexta-feira para solicitar a extradição dos sete dirigentes acusados de corrupção no futebol para os EUA.
A 'Folha' diz que dois escritórios foram contratados pela família e amigos para a defesa de Marín por quase R$ 1 milhão. Os advogados do brasileiro pensam até em um acordo com o Governo dos Estados Unidos caso ele seja mesmo extraditado. Neste caso, os defensores de Marin admitem até que ele abra seu sigilo bancário e pague ao governo dos EUA as multas correspondentes pelos seus crimes.
Porém, esse acordo não prevê a confissão da culpa, nem mesmo delação premiada. Marín já descartou passar informações à Justiça americana sobre o ocorrido. Em caso de extradição, o acordo seria para que ele não ficasse em presídios de Nova York. Os advogados usariam a idade avançada do cartola, que tem 83 anos, para buscar uma liberdade condicional, com restrições de circulação usando uma tornozeleira eletrônica.
José Maria Maria foi preso no dia 27 e maio em Zurique, na Suíça, acusado junto com seis dirigentes do futebol mundial de integrar um esquema de propina na negociação de acordos de transmissão de torneios nas Américas do Sul, Central e do Norte.