Todas as atenções e cuidados estão voltados para Jobson, no Botafogo. Depois de seis meses de suspensão por doping, a comissão técnica e dirigentes tomam todas as precauções para blindá-lo e evitar exposição em demasia. A princípio, o atacante não falaria com a imprensa antes do jogo contra o Bangu, neste sábado, que deve marcar o seu retorno aos campos.
Mas o clube decidiu deixá-lo falar sobre estes dias de ansiedade, desde que com a presença do psicanalista Roberto Hallal, que tem sessões duas vezes por semana com o jogador. "Vivi um período de humilhação nesse período em que não pude jogar. Paguei um preço pelo que fiz. Se meu problema era fora de campo, então está resolvido", prometeu Jobson. "Poderia dar várias respostas, mas prefiro que vejam (meu comportamento) no dia a dia".
Os companheiros de time também torcem por ele, mas procuram conter o entusiasmo e frear a badalação, que já ocasionaram as quedas do atacante de 24 anos. O goleiro Jefferson, um dos líderes do elenco, manda um recado. "Todos estão na expectativa para o Jobson voltar, mas temos de manter pés no chão. Não pode lançar sobre ele a carga de ter que decidir, que ele é o craque. O Botafogo é um elenco, um grupo, e ele vai ter de se encaixar na filosofia", apontou.
Com os desfalques confirmados de Fellype Gabriel, Maicosuel e Andrezinho, e a situação de Elkeson ainda em dúvida, existe grande probabilidade de Jobson formar até mesmo no time titular para encarar o Bangu, no estádio de Moça Bonita, pela terceira rodada da Taça Rio - o segundo turno do Campeonato Carioca.