Futebol

Infantino diz que Fifa 'entrou em uma nova era' e promete recuperar credibilidade

26 fev 2016 às 18:04

Novo presidente da Fifa, Gianni Infantino mostrou na sua primeira entrevista coletiva após ser eleito ter conhecimento do desafio que será restaurar a imagem da entidade. Por isso, já mandou um recado para patrocinadores e para a Justiça. "Entramos em uma nova era. Estamos virando a página", disse. "Aprovamos reformas e vou recuperar a imagem da instituição", garantiu.

Infantino somou 115 votos, superando seu maior rival, o xeque do Bahrein, Salman Al Khalifa, com 88 votos. No segundo turno da votação, que fechou o Congresso da Fifa. Prometendo "levar o futebol de volta para a Fifa", ele indicou que espera, em 2020, ver o futebol "desenvolvido pelo mundo, no Caribe, Índia e China".


Para isso, ele insistiu que vai distribuir a renda da Fifa para financiar o futebol mundial. "Temos uma renda de US$ 5 bilhões e não será um problema dar US$ 1,5 bilhão. Essa deve ser a prioridade, justamente para investir no futebol. Ao mesmo tempo, vamos cortar custos", insistiu.


Ele também aposta em um aumento da renda. "Vamos falar com emissoras e patrocinadores. A receita vai aumentar", garantiu, lembrando que triplicou a renda da Uefa em nove anos.


O único momento de constrangimento veio quando foi questionado sobre Michel Platini, seu mentor. O francês era o candidato original da Uefa, mas foi afastado diante do escândalo de corrupção. "Agradeço a todos que me ajudaram, inclusive Platini por tudo que ele me deu e por nove anos que trabalhamos juntos. Meus pensamentos vão a ele agora", disse.


O processo eleitoral foi a conclusão de uma crise que começou em maio de 2015, com a prisão de dirigentes em Zurique e que terminou, dias depois, com a queda de Blatter. O suíço foi obrigado a convocar novas eleições. Mas foi obrigado a abandonar seu escritório diante de suspeitas de corrupção.

Infantino, com 45 anos e secretário-geral da Uefa, também não era o nome escolhido para concorrer à presidência. Ele apenas assumiu a campanha quando seu chefe, Michel Platini, foi também obrigado a abandonar a corrida, também por suspeitas de corrupção. Infantino, assim, passou a herdar os votos do francês, mas insistiu por meses e em cada entrevista que ele não era Platini.


Continue lendo