Afastado dos campos desde 16 de abril, quando deixou o gramado de São Januário numa ambulância após sofrer uma arritmia cardíaca durante a partida contra o Resende, pela Copa do Brasil, o atacante vascaíno Everton Costa terá que implantar um pequeno desfibrilador para tentar seguir sua carreira no futebol - que só poderá ser retomada a partir de outubro.
"A região do coração que estava acometida continua igual. Não houve melhora, nem piora", afirmou o cardiologista Gustavo Gouveia, contratado pelo Vasco para cuidar do atacante. "Não era o resultado que a gente esperava, pois pensávamos em uma melhora", prosseguiu o médico.
"Existe uma grande possibilidade de haver uma fibrose (cicatriz) nesta região. Frente a isso, optamos por indicar um dispositivo chamado desfibrilador implantável, uma espécie de marca-passo que emite um choque quando ele sente uma arritmia", explicou Gouveia. O dispositivo deverá ser implantado na próxima semana.
Gouveia disse ainda que Everton Costa está seguro sobre os procedimentos médicos que estão sendo tomados. "Ele está muito confiante, muito tranquilo e aceitou o tratamento", destacou.
Ainda segundo Gouveia, o atacante poderá retomar a carreira, mas fez ressalvas. "Há dez anos diziam que não (seria possível). Mas nesses últimos dez anos existem centenas de atletas com esse dispositivo, muitos jogadores de futebol. E o resultado dos trabalhos recentes é que é seguro um atleta jogar com esse dispositivo, desde que se entenda que ele tem um risco de arritmia, que pode precisar tomar um choque e ser desfibrilado. Se ele tiver esse entendimento, concordar com isso, é possível que isso aconteça", assegurou.