O Atlético Paranaense teve um reencontro histórico com sua torcida na Arena da Baixada às 19h30 desta quarta-feira (3). A torcida rubro-negra não comparecia a uma partida do Furacão em seu estádio desde a última rodada do Brasileirão de 2011, quando o clube venceu o Coritiba por 1 a 0 mas foi rebaixado para a Série B.
A espera acabou, e, diante do América-RN, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o torcedor atleticano voltou a sua casa. Menos 17 deles. Cumprindo sentença judicial por conta da confusão que causou a punição que deixou o clube nove jogos longe da torcida (quatro com portões fechados), os torcedores que foram identificados na briga com a torcida do Vasco em dezembro do ano passado, em Joinville, tiveram que repetir hoje sua rotina para os jogos do Atlético desde que conseguiram a liberdade condicional, em janeiro deste ano.
Eles se apresentaram antes das 17h30 (duas horas antes da partida) à Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos e lá ficarão até passarem duas horas da realização do jogo. "Eles estão se apresentando em todos os jogos do Atlético. Não importa se aqui em Curitiba ou lá no Peru. Não importa se é com portões fechados", conta o delegado Clóvis Galvão, titular da delegacia. "Eles entregam seus celulares e qualquer outro dispositivo eletrônico e ficam em uma sala, sem televisão, à disposição da autoridade policial", conta. Entre os torcedores que precisam se apresentar a cada partida do Atlético está o ex-vereador de Curitiba Juliano Borgheti, irmão da candidata a vice-governadora na chapa de Beto Richa, Cida Borgheti.
Entre 2012 e 2014, o Atlético jogou em estádios emprestados (Janguito Malucelli, Vila Capanema, Carangueijão – em Paranaguá e Arena Joinville), durante as obras do Joaquim Américo para a Copa do Mundo. Depois, mesmo com a Arena já reinaugurada, foram mais dois meses de espera, por conta da punição recebida pelo clube em virtude da briga de torcidas na partida contra o Vasco, no ano passado, em Joinville.