Futebol

Ídolo corintiano, Vampeta atrai torcedores em Londrina

22 mar 2013 às 15:09

O ex-jogador de futebol Vampeta esteve em Londrina nesta quinta-feira (21) para o lançamento do livro "Vampeta - Memórias do velho Vamp" (Editora Leya), onde são narradas várias histórias dos bastidores do futebol. Aos gritos de "Timão, eô!", o ex-jogador foi recebido por fãs e torcedores do time, no shopping Catuaí, para uma sessão de fotos e autógrafos.

O atraso de mais de três horas no evento, que estava marcado para às 17h, não desanimou o comerciante Renê Willian, 26 anos, que desde às 15h esperava pelo jogador. Mesmo com pouca gente aguardando, o torcedor não saiu do primeiro lugar da fila. A persistência começou a ser recompensada quando, por volta das 20h30, um dos organizadores do evento passou uma ligação ao fã. Na linha, Vampeta: "Mais um 10 minutos e chego aí!".


Enquanto esperava, Renê contou que torce pelo Corinthians "desde que se conhece por gente". Ganhou a primeira camisa do pai, mas a família não torce tanto. A mãe de Renê tem raiva do time, porque não gosta de ver o filho sofrer, mas ele afirmou que isso o inspira.


"Não da para explicar! Quando você ouve o jogo na rádio, ouve o rojão, vê uma criança com a camisa do Corinthians, é algo que me faz sentir vivo. Se não fosse para eu nascer corintiano, não queria nascer. É doença. Eu queria ser normal como vocês, mas não tem cura. Não tenho filho e nem namorada, mas tenho uma roupinha de bebê, porque meu filho vai ser corintiano, se Deus quiser!"


O produtor cultural Sérgio Guisleri, 38 anos, era o segundo da fila e também se declarou um torcedor fanático. Sendo a quinta geração de corintianos de sua família, ele levou o sobrinho Luan, de 9 anos, que sonha em jogar pelo Timão. "Acompanho o Corinthians desde 2003, que foi quando eu nasci né?" diz menino, que está em três escolas de futebol, já entrou em campo com o time duas vezes, uma em São Paulo e outra em Londrina.


O funcionário público Antônio Carlos Souza Junior, 28 anos, foi de Cambé a Londrina para conseguir uma foto com o jogador. "A gente é fã do time e dos jogadores também, porque mostram que tem garra para jogar futebol pela nossa camisa. Em um jogo, por causa de um gol do Ronaldo contra o Santos, abri os portões e gritei na rua. Os vizinhos já conhecem a loucura".


O casal Ademir, 35, e Francine Alessandrino, 32, também estava lá, acompanhado dos filhos Vinícius, 10, e Miguel, de apenas dois anos, que já tem uma camisa autografada por Biro Biro, Marcelinho, Basílio e Zé Maria. A mãe contou que o pequenininho grita "vai Corinthians", e é uma festa.


"Corinthiano incorpora, né? A paixão é grande mesmo!". Francine era são paulina antes de casar com Ademir, mas não conseguiu resistir ao timão e agora acompanha o marido e os filhos em sua paixão. "Eu estava trabalhando e ele foi me buscar para vir aqui. Não consegui escapar do Vampeta", brinca.


Em em meio a tantos apaixonados, estava uma torcedora arrependida de ter influenciado o filho. "Ele sofre demais. Só assiste o jogo com a mesma camisa e bandeira. Na final da libertadores fiquei na cama rezando pra ganhar. Eu não podia ir na sala, porque quando eu ia era lance contra o Corinthians e ele me mandava de volta para o quarto", contou Valdirene Godoi, 41 anos, mãe de Diego Fidelis, 15. Apesar da pouca idade, Diego acompanha tudo sobre a história do Corinthians. "O Vampeta gostava de zoar os rivais, tem bastante filme antigo do Corinthians onde dá pra ver que ele fez muito pela história do time e vim aqui acompanha-lo."


Vampeta, que parecia estar cansado da viagem conturbada, atendeu os fãs com simpatia e carinho. Sobre o livro, deixou claro que não é uma biografia ou apenas histórias de sua vida, mas relatos dos bastidores do futebol, com muitos outros personagens. Questionado sobre sua boa memória, o jogador afirmou que as vodcas que tomou estão levando um pouco dela embora, mas que lembra muita coisa.


Uma delas, foi quando esteve em Londrina e um rapaz, fingindo ser goleiro, se juntou a ele. "Pegou carona comigo, falou que era jogador, se infiltrou na festa e se deu bem. Foi em um jogo que o Rafinha fez pra arrecadar alimentos, veio uma turma de jogadores".

O "Vamp" lembrou também que veio jogar em Londrina aos 17 anos. "Vim jogar um campeonato aqui, parecido com uma copa São Paulo de juniores. Vim com o Vitória. Saímos da Bahia de ônibus. Perdemos do Londrina na estreia, empatamos com o Flamengo e perdemos do Santos."
O ex-jogador agora é vice-presidente do Grêmio Osasco, da segunda divisão do futebol paulista, e espera chega na primeira divisão em 2014.


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