Uma reunião nesta terça-feira entre a comissão técnica e o departamento de futebol decidirá os nomes que não fazem parte dos planos para o restante da temporada. A famosa barca, contudo, já tem um capitão. Ibson deve ser o principal personagem da reformulação no elenco do Flamengo.
O meio-campista não vem sendo relacionado ultimamente. Na quinta-feira completará o sexto mês de atraso dos direitos de imagem que o clube paga a ele. A proposta de parcelar a dívida – que pode chegar a R$ 900 mil – em 24 vezes foi recebida de forma irônica pelo jogador. Ele foi orientado a não falar publicamente sobre o caso, mas já externou a pessoas próximas a insatisfação.
- Pô, em várias vezes não dá. Parece que sou Casas Bahia! - chegou a dizer o volante rubro-negro.
Para Ibson ser apresentado pelo Flamengo, em maio do ano passado, a então diretoria, encabeçada por Patricia Amorim, comprometeu-se a pagar uma comissão de aproximadamente R$ 2 milhões ao empresário do atleta, Eduardo Uram. Só depois que houve esse acordo foi possível que Ibson vestisse a camisa do Flamengo pela terceira vez na carreira. O custo mensal assumido chega a assustadores R$ 600 mil mensais. Ao procurador coube um quarto desta fatia – R$ 150 mil. O salário de Ibson, que está em dia, é de R$ 300 mil.
Quando a antiga gestão saiu, havia um débito de três meses de direitos de imagem. Como a folha de pagamento do clube fecha no dia 25 de cada mês, Ibson, que não recebeu esta parte ainda da nova direção, terá dívida de seis meses a serem quitados.
Desde janeiro o departamento de futebol vem tentando encontrar uma forma de negociar a saída – até o momento sem sucesso. Com o não andamento das conversas, o técnico Jorginho foi aconselhado a não relacionar Ibson desde o jogo de ida da Copa do Brasil, contra o Remo, em Belém. Assim como outros integrantes da barca, o volante não será dispensado imediatamente. Treinará separadamente até que surja um clube interessado em contratá-lo.