O vencedor, a vaga na final e o futebol ficaram para serem definidos em Belo Horizonte.
Em uma partida em que as duas equipes criaram poucas chances de gol e o dono da casa sequer atacou, Palmeiras e Atlético-MG ficaram no 0 a 0 a primeira partida semifinal da Copa Libertadores nesta terça-feira (21), no Allianz Parque.
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Os rivais voltam a se enfrentar na próxima terça (28), no Mineirão. Quem vencer se classificará para a decisão em Montevidéu, em 27 de novembro. Empate em 0 a 0 leva a definição para os pênaltis. Igualdade com gols classifica o Palmeiras.
O confronto foi equilibrado nos primeiros 25 minutos, mas não no bom sentido da palavra. Palmeiras e Atlético-MG morriam de medo de sofrer o gol. Com o passar do tempo, os visitantes perceberam que o adversário não fazia questão nenhuma de tomar a iniciativa. Foi quando resolveu tomar a iniciativa.
Se o Atlético teve maior volume até o intervalo, não conseguiu construir muitas chances de gol. Mas teve uma que poderia ser preciosa no panorama do confronto. Hulk cobrou pênalti sofrido por Diego Costa. Chutou na trave aos 41.
Em nenhum momento da etapa inicial o Palmeiras ameaçou. Mesmo quando tinha o contra-ataque e poderia explorar a velocidade de Rony ou Dudu, não o fez. Em parte, porque eram dois (às vezes, um) atacantes palestrinos contra cinco ou seis adversários. Mas também porque havia excesso de erros de passe. Especialmente de Marcos Rocha.
A única defesa de Everson foi em um arremate de Rony. Tão fraco, tão fraco, que o goleiro não se deu ao trabalho nem sequer de se abaixar para segurar a bola com as mãos. Defendeu com o pé mesmo.
Quem mais sofreu no esquema palmeirense foi Luiz Adriano. Atacante de finalização, com presença de área e habilidade, ele não recebeu nenhum passe em boas condições. Na maioria do tempo, simplesmente não recebeu. Zé Raphael só viu a bola passar por cima da sua cabeça, sempre pelo alto.
Não que o Atlético tenha sido muito mais ofensivo, mas controlou as ações e sempre teve maior posse. Quando o Palmeiras ameaçava sair, os mineiros tinham uma linha de cinco no meio-campo e dificultavam qualquer penetração adversária. Mas quem decide em casa costuma ter a prerrogativa de imaginar que a cautela como visitante é o melhor caminho.
Para responder a isso, quando o alvinegro se aproximava da área, o time alviverde tinha uma linha de sete defensores. Era impossível entrar.
A única novidade no início do segundo tempo foi o Atlético ter perdido uma das suas principais peças de ataque com a lesão muscular de Diego Costa. Ele foi substituído por Keno, ex-Palmeiras. Um indicativo da qualidade do elenco de Cuca é Keno, atacante que seria titular na maioria dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, ser reserva em sua escalação.
Em seguida, Abel Ferreira resolveu mudar seu setor ofensivo também, mas por critérios táticos e técnicos. Luiz Adriano deu lugar a Deyverson, um centroavante mais voluntarioso, brigador e com capacidade para ajudar na marcação. Com perfil maior para o tipo de partida que era disputada no Allianz Parque e para a proposta palmeirense.
No Mineirão, daqui a sete dias, algum dos dois times terá de, pelo menos, acertar um chute no gol. Nem que seja nos pênaltis.
Ficha técnica
PALMEIRAS
Weverton; Marcos Rocha, Gómez, Luan e Piquerez ; Felipe Melo (Danilo) e Zé Rafael (Patrick de Paula); Dudu (Wesley), Veiga e Rony (Veron); Luiz Adriano (Deyverson). T.: Abel Ferreira
ATLÉTICO-MG
Everson; Mariano, Nathan Silva, Alonso e Arana; Allan, Jair, Zaracho (Vargas) e Nacho; Hulk e Diego Costa (Keno). T.: Cuca
Estádio: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Árbitro: Patrício Loustau (ARG)
Auxiliares: Diego Bonfá e Gabriel Chade (ARG)
VAR: Mauro Vigliano (ARG)
Cartões Amarelos: Zé Rafael (PAL); Zaracho (CAM)