Um grupo de 10 conselheiros de oposição do São Paulo afirma ter conseguido uma liminar para impedir a eleição presidencial do clube, marcada para a noite desta terça-feira, no estádio do Morumbi, na capital paulista. O clube, por sua vez, alega que não recebeu nenhum comunicado sobre essa decisão e promete tentar revogar a medida até a hora do pleito, marcado para as 19 horas, para que consiga escolher o novo mandatário normalmente.
Os membros, liderados pelo conselheiro vitalício Francisco de Assis Vasconcelos Pereira, embasam a liminar sob a alegação de que houve pouco tempo entre a renúncia do ex-presidente Carlos Miguel Aidar e a convocação da eleição. O estatuto do clube prevê um prazo de até 30 dias, mas ao assumir interinamente o comando, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, marcou o pleito para 12 dias depois.
De acordo com membros da oposição, a medida impediu o grupo de formar alianças para lançar candidatos contra Leco, que é um dos concorrentes ao cargo. O adversário dele, Newton Ferreira, se inscreveu para a eleição apenas no último dia do prazo, na quinta-feira passada, e em contato com a reportagem, disse desconhecer a liminar para impedir a escolha do presidente.
A eleição está marcada para as 19 horas desta terça-feira, no salão nobre do Morumbi. Podem votar os 240 conselheiros, embora apenas 180 sejam esperados. O vencedor do pleito toma posse para um mandato tampão, que vai até abril de 2017.