Às vésperas do segundo jogo da semifinal da Copa Libertadores, a comissão técnica do São Paulo tenta não deixar escapar nenhum detalhe. Contra aquela que pode ser sua última partida no comando do time, o técnico Ricardo Gomes decidiu levar seus comandados para treinarem no Morumbi, palco do duelo decisivo de quinta-feira, contra o Internacional.
Os calos de eliminações anteriores na Libertadores (essa é a sétima participação seguida, tendo vencido a última em 2005) dão o tom dos cuidados. E ninguém no clube faz questão de esconder que a prioridade é o quarto título continental. O time é apenas o nono colocado no Brasileiro, 11 pontos atrás do líder.
Para alcançar o objetivo maior, então, treinar no local do jogo é apenas mais uma preocupação. Os jogadores estão concentrados desde segunda no CCT da Barra Funda - bem diferente do que acontece antes de confrontos normais, quando o regime de concentração começa no dia que antecede a partida.
"Sabemos da dificuldade que é enfrentar uma equipe como a do Internacional. Mas é o nosso grande objetivo e vamos nos empenhar muito. Vamos suar sangue para sair com esta classificação para a final da Libertadores", avisou o lateral-esquerdo Júnior César. "A parada não está definida. Temos mais 90 minutos para reverter a situação (derrota por 1 a 0 no duelo de ida) e todo esforço é válido", justificou o atacante Fernandão.
No ataque
Se os treinos da semana são fechados à imprensa, as declarações dos jogadores dão pistas de como atuará o time no Morumbi. Fernandão pediu um time ofensivo e rasgou elogios ao companheiro Ricardo Oliveira. O novo reforço pode aparecer no ataque, provavelmente no lugar de Marlos, com Dagoberto completando o trio ofensivo.
"Para dar certo jogar com três atacantes, é preciso que cada um tenha a mentalidade de saber o que precisa fazer quando estiver com e sem a bola. O importante é que precisamos ser agressivos sempre", disse Fernandão.